gootembergPor Gootemberg Mangueira, professor de Serra Talhada

Há muitas pessoas que vivem encarceradas no desejo incansável de fazer o mal aos outros, amarradas a ideias que em nada contribuem para o seu aprimoramento como ser humano. São os infernizadores do mundo (mais do que ele já é). Presas a sentimentos egoístas e ambiciosos, olham com os olhos dos outros, vivem a vida dos outros e mentem compulsivamente para atingir seus nebulosos objetivos.

São hipócritas que pregam o discurso da coletividade e da harmonia, mas a sua prática está voltada para os seus próprios interesses (lendo na cartilha de Maquiavel),  destilando, portanto, os venenos da condenação e estigmatização absurda, na tentativa de mostrar que, independentemente de qualquer coisa, o culpado é sempre o outro.

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Esses “vernificus”  não gostam da verdade, a suportam pouco, a não ser a deles. São dotados de um comportamento de alto grau de piedade, choram, se desmancham em lágrimas, no intuito de que as pessoas se comovam e os chamem de coitadinhos e assim, sorrateiramente, sem que ninguém desconfie, possam a investir em tramas diabólicas,  visando desconstruir a vida dos outros, porém nem sempre dá certo e a “recompensa” logo  surge. E é cruel.

Ao serem desmascarados, vem a hostilização social e acabam sendo  esquecidos por todos, como forma de castigo (lembrando o personagem Românovtchi Raskolnikov de Dostoiévki no seu livro Crime e Castigo) Passam a viver no cárcere da solidão, amargando um viver inútil, de poucos ou nenhum amigo verdadeiro, sem a compreensão e o afago humano, que tornam a vida mais bela.

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A vocês, portadores desse caráter sociopata, que não reconhecem o valor da alteridade, e do amor, sugiro que aprendam a conviver bem com os outros e verão, mais cedo ou mais tarde, que assim, tudo fica mais simples e melhor.

Não façam das suas deficiências intelectuais o inferno das pessoas que dividem o mesmo espaço geográfico e social que os “senhores”. Se não suportam a lamuriante imposição do fracasso, reclamem a quem tem que reclamar, cortem o nó górdio e deixem a sociedade em paz.

Thomas Hobbes disse que o homem é lobo do homem. E isso é uma grande verdade. Se não prestarmos atenção na atitude de alguns das pessoas com as quais convivemos ou mantemos algum tipo de contato, correremos o sério risco de sermos engolidos pela maldade de muitas delas.