chePor João Novaes, Engenheiro Civil de Serra Talhada

No dia 14 de junho de 1928, nascia em Rosário da Fé, na Argentina, Ernesto Guevara Lynch de la Cerna, guerrilheiro e médico que, depois de viajar por vários países como Chile, Guatemala, Rússia, China, Coréia do Norte e tantos outros, somente em julho de 1955 é apresentado à Fidel Castro, que logo o recruta como médica da expedição revolucionária que prepara contra da ditadura cubana de Batista. É neste período que recebe de seus colegas cubanos o apelido de “Che”; expressão intraduzível, frequentemente utilizada pelos argentinos em suas conversas.

Guevara foi um ser humano como qualquer outro, no entanto, havia algo que o diferenciava: era a sua preocupação com o próximo. As injustiças sociais, a arrogância dos poderosos e a dependência vertical dos países subdesenvolvidos que se transformavam numa imposição dos imperialistas às suas colônias.

Seguidor da dialética Marxista, mas nunca um insano acometedor de injustiças, nem um sádico qualquer que sente prazer com o sofrimento dos outros, Guevara foi um visionário, um homem que estava à frente de seu tempo, lutando contra o escárnio das sociedades involutivas ou perversas, que ainda nos dias de hoje persistem em dominar tudo.

No dia 3 de outubro de 1965, Fidel lê publicamente a mensagem de adeus de Che: “Outras terras do mundo pedem a contribuição dos meus modestos esforços”.

Na minha opinião, Guevara cometeu um equívoco ao afastar-se do socialismo real e enveredar pelo socialismo utópico, quando sonhou em transformar a Cordilheira dos Andes numa “Sierra Maestra”, aliando-se à Guerrilha Boliviana. Guevara sabia que os Estados Unidos, além do aporte financeiro e armas, estavam enviando veteranos, ex-combatentes da Guerra do Vietnã para treinar as Forças Armadas da Bolívia. Enquanto isso, Guevara, já bastante debilitado pela sua asma crônica, é detido e conduzido ao vilarejo de La Higuera, onde é executado no dia 8 de outubro de 1967.