Paulo Cesar é professor especialista em História Geral e bacharelando em Direito

O clima natalino toma conta das ruas e praças da Cidade Provinciana, é um clima festivo e harmônico, porém um sentimento de melancolia paira sobre alguns provincianos, tudo por que chegou a fim “a política do pastoril”.

“A política do pastoril” chegou a fim sem alarde, sem nota fúnebre, nem ao menos missa de sétimo dia, foi embora do mesmo jeito que surgiu, com um piscar de olhos, ou melhor, com o oportunismo eleitoreiro batendo a porta. Essa forma de fazer política foi alardeada com muito orgulho por líder um político, que em um momento de inspiraçãoc omparou a política local a disputa do pastoril.

Para ele a eleição provinciana era decidida entre o cordão azul e o encarnado (vermelho), onde não havia espaço para outros grupos, ou cores diferentes. Essa prática política perdurou por quase duas décadas, com algumas poucas alternâncias de poder. O que comprova que essa forma de fazer política rendeu frutos para ambos os lados, de alguma
forma todos ganharam.

Mas, diante de um mundo globalizado e com muita concorrência, “eles” resolveram se juntar e forma um único bloco, é como se fosse a “Diana do Pastoril”, metade vermelha e outra azul. Alguém pode perguntar o que há de bom nessa história? Nada. Pois os mesmos políticos permanecerão no poder, fazendo seus acordos e conchavos, e os pobres provincianos continuaram sendo usados como “massa de manobra” e “levantadores de bandeiras”.

É lamentável ver que durantes anos o povo foi enganado e ludibriado por charlatões, que venderam a idéia ao povo que só existiam dois lados, quando na verdade para eles só existe o lado do poder. Poder que vicia e envenena, mas que também enche os bolsos de uma minoria com muita rapidez.

Para o povo sobrava e sobra o outro lado, o do desencanto, da falta de esperança e do sofrimento. Povo que sempre acreditou na “política do pastoril”, que se vestia com as cores do seu cordão e que até agora não entende como tudo acabou, como tantas mudanças ocorreram no período de um ano.

Aos provincianos só restar espera para saber qual será o bicho que vai sair dessa miscigenação, torcendo para que seja algo bem melhor do que já existiu no passado e que não seja nenhuma aberração política, pois se juntamos tantos políticos oportunistas em uma mesma fórmula só pode sair um monstrengo, uma espécie de Ogro Shrek, o que seria terrível para a política de nossa cidade.

Por outro lado, também podemos pedir ao “Menino Jesus” que ilumine as cabeças de nossos políticos com novas idéias, pensamentos que venham a desenvolver a cidade e a gerar empregos para centenas e milhares de famílias carentes que desejam uma vida melhor, com saúde, educação, alimento e paz!

P.S.: Aproveitando a campanha do Farol de Noticias, quero desejar a todos os provincianos e provincianas, faroleiros e faroleiras, um Feliz Natal e um 2012 repleto de realizações.