edvaldo 1Edvaldo Oliveira, Procurador Federal natural de Serra Talhada

Há uma antiga e velada discussão política de que fez mais, há políticos se igualando uns aos outros, tipo espelhar-se no presidente Juscelino Kubitschek, achando que o povo tem que ficar-lhes agradecido, isso sempre foi usado na história da humanidade, Maquiavel aconselhava os reis de Florença, e dentre outros ensinamentos dizia que o rei deveria fazer com que o povo sentisse gratidão por seus “favores” para que se perpetue no poder. E a atualidade brasileira não se mostra diferente, pois propiciada pela ignorância da maioria com a infância perdida a adolescência comprometida e a vida adulta incerta.

O Brasil, desde o período ditatorial, iniciou um desmonte da escola pública para dar lugar ao ensino pago, aumentando o fosso social, ao invés de investir no ensino público, como fez os tigres asiáticos, ressalvando a Coreia do Sul que saiu de uma guerra fraticida com os irmãos coreanos do norte, fabricam os melhores veículos do mundo, o que dizer do Japão que teve duas bombas atômicas jogadas no seu solo e hoje é uma economia pujante. A regra é simples, fácil, educação de qualidade com professores muito bem remunerados, preferencialmente no ensino básico, foi assim que as grandes nações se reergueram.

O Estado, leia-se o País, tem a obrigação constitucional de prover a felicidade do povo, está escrito na Constituição Federal de 1988, no artigo terceiro e incisos, que “Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I – construir uma sociedade livre, justa e solidária; III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;”

Diante dessas regras constitucionais irrevogáveis, por tratar de cláusula pétrea, direito petrificado, não modificável, tem-se a certeza, e não poderia ser diferente, que o Estado existe para prover a felicidade das pessoas, porém pessoas conhecedoras dos seus direitos não devem ser gratas ao Estado, devem exigir dos governantes o que deles se espera, na qualidade de representantes do povo, busquem o bem geral.