*Paulo César é professor especialista em História Geral

Os resultados da maior eleição da história redefine o cenário político de Serra Talhada, um pleito extremamente emblemático, pois colocou em campos opostos o governador Eduardo Campos (PSB) e o ex-presidente Lula (PT) e a presidenta Dilma Rousseff (PT). Além disso, o embate entre “o novo e o velho” foi o grande mote dessa eleição, já que ao mesmo tempo em que novo grupo político formou-se, do outro, as velhas forças se juntaram formando um único palanque. Nessa disputa, ficou claro que a população votou pela continuidade do governo Carlos Evandro e também reprovou a união de Inocêncio Oliveira (PR), Augusto César (PTB) e Geni Pereira(PSB).

LUCIANO DUQUE: Conseguiu uma vitória histórica realizando um sonho iniciado a mais de 20 anos. Para que ele chegasse a essa vitoria, Luciano teve que superar alguns entraves, o primeiro foi o processo de ruptura com o grupo de Inocêncio Oliveira e a adesão ao PT, o segundo, e mais difícil, foi ter que passar toda a campanha sendo bombardeado com acusações que vinculavam seu o nome a escândalo do CMDRST. Luciano terá pela frente a missão de realizar um governo que atenda aos anseios da população e também a missão de manter a coalizão das forças que ajudaram na sua eleição. O primeiro grande desafio será a montagem do novo governo que deverá ser formada em sua maioria por carlistas e petistas.

TATIANA DUARTE: Foi a grande supressa dessa eleição. Há pouco mais de três meses era uma ilustre desconhecida do mundo político local, ela sem dúvida a mais atacada entre todos os candidatos, sofreu com o preconceito e a discriminação, tanto religiosa como por ser natural de outra cidade, resistiu a todos e a tudo. Sobre os seus ombros cai a partir de agora à responsabilidade de representar a classe feminina, e consequentemente, ampliação da participação da mulher na política.

CARLOS EVANDRO: Foi maior a cabo eleitoral de Luciano Duque, sem ele essa vitória não seria conseguida. ‘Carlão’ projeta-se com uma das lideranças políticas da região do alto Pajeú. Caso conseguia reverte à decisão que decisão da Câmara de Vereadores que o tornou inelegível, poderá ser candidato a deputado estadual e ou federal em 2014, mas para isso precisa se filiar a um partido, a primeira opção é o PT, porém não será surpresa se ele optar por uma legenda na qual possa ter controle total.

O PT E MANOEL SANTOS: Consolidam-se como a primeira força política de Serra Talhada, pois além, do mandato de deputado estadual, o partido dispõem de vários deputados federais dispostos ajudarem ao governo de Luciano Duque. Com o fim período eleitoral várias são as lideranças que adentraram nas fileiras do Partido dos Trabalhadores.

SEBASTIÃO OLIVEIRA – Mesmo derrotado tornar-se a grande liderança do grupo do deputado Inocêncio Oliveira. Em 2014 pode ser candidato a reeleição e, possivelmente, a deputado federal.

INOCÊNCIO OLIVEIRA – A quem diga que depois dessa derrota irá se aposentar, mas quem o conhece sabe que ele não vai querer se aposentar, até por que seu orgulho não deixa. Irá disputar a sua 11ª eleição como candidato a deputado federal em 2014.

AUGUSTO CÉSAR – Sai dessa eleição extremamente enfraquecido, além de perder parte do seu grupo político, ficará refém do grupo de deputado Inocêncio Oliveira torcendo para que Sebastião Oliveira nãos seja candidato a reeleição e esperando que Armado Monteiro seja indicado como candidato a governador com o apoio do governador Eduardo Campos.

EDUARDO CAMPOS: Foi derrotado em Serra Talhada de forma vergonhosa, pois teve na cidade 94% dos votos na última eleição para governador, mas no seu sonho megalomaníaco de chegar ao poder a todo custo, esqueceu-se de consultar a povo e acabou não agregando nada a campanha de Sebastião Oliveira. Na verdade a cidade deu respostas a forma autoritária e prepotente com a qual Eduardo agiu durante o processo pré-eleitoral.