Na nossa concepção, a existência de duas pessoas, duas partes. Não as escolhemos, mas levaremos por toda nossa vida as marcas das suas características genéticas e de seus comportamentos. A influência da genética é definida em toda a sua plenitude logo que nascemos, já a do comportamento pode variar ao longo de nossas vidas, desde a sensação de abandono até a de melhores amigos. Sempre que nascesse uma criança deveria, pelo menos juntamente com ela, nascer um pai no sentido completo da palavra.

Há homens que até se antecipam a esta data, e já assumem a paternidade desde a geração da criança, dispensando a ela e a futura mãe um tratamento cheio de carinho e atenção. Há outros, no entanto, que morrem sem saber, verdadeiramente o que é ser um pai. Ter sempre ao seu lado um homem que demonstre dar diariamente o máximo
de si para garantir o melhor que lhe é possível propiciar, é fundamental para o equilíbrio emocional de qualquer criança. O mais importante para qualquer filho é poder se sentir amado, cuidado, desejado pelo pai. É ver estampado no rosto dele a alegria pela sua existência.

Quem é pai, sabe como é difícil cumprir este papel em toda sua plenitude, muitas vezes precisamos deixar o coração de lado para ensinarmos aos nossos filhos as coisas da vida. Quando da figura do nosso pai o que restar for só saudade, a certeza que sempre haverá em nós uma parte chamada pai, que se chamará avô, que seguirá no tempo com outras denominações, justificando, diante do mistério da vida a necessidade tão premente em todos nós de se sentirmos amados e amarmos profundamente este homem que deu inicio a nossa história.

*Eugênio Marinho de Barros é empresário e parte de Eurico Barros.