<Eugênio Marinho é empresário e colunista do FAROL.

Toda eleição, termina por refletir um embate entre o poder constituído e a esperança no novo. É uma batalha entre a percepção da atual gestão e a expectativa de uma nova. A percepção, é a realidade, é o que está posto. A expectativa, é o sonho, o que se deseja.

Ambos, o poder e a esperança, têm nesta batalha vantagens e desvantagens. O poder tem a vantagem da força da caneta, dos recursos disponíveis, dos benefícios distribuídos a muitos eleitores. Tem também, por outro lado, a desvantagem da diferença entre a expectativa criada anteriormente e a realidade percebida. A Esperança, tem a vantagem da nova expectativa, da frustração causada pela realidade e a desvantagem de lutar contra quem está protegido pelas muralhas do poder.

Como medir as chances de cada um? Primeiro, é preciso saber quem irá na hora da batalha, representar cada um destes dois lados. Segundo, em que condições se encontraram as partes e o campo de batalha, no dia da grande luta. São estas condições que irão definir o vencedor.

Faltando tanto tempo para a primeira grande batalha, percebe-se, um empate técnico na última pesquisa CNT, entre alguns dos possíveis adversários. ” Margem de erro 2,2%. Dilma 40,6%, Marina 22,6, Aécio 16,5%”. As feridas abertas nesta batalha tornam a seguinte imprevisível, pois é ela que vai definir as alianças do embate final. Esta pesquisa é na verdade um sinal amarelo para quem está no poder, pois o adversário sequer foi definido, não se conhece suas armas, nem a exploração por eles dos pontos fracos de quem está no poder. Ou seja, por enquanto, está pesquisa só mede o desgaste de quem está no poder, admitindo-se a idoneidade dela, 59,4%, não gostam da realidade que vivem.

Em alguns lugares do mundo, o poder e a esperança vivem harmoniosamente lado a lado. No Brasil, infelizmente, há anos poder e esperança parecem não se entenderem. Como a esperança não pode morrer, precisamos alternar constantemente o poder. Quem sabe um dia a bandeira branca da qualidade de vida e da cidadania não põe um fim nesta estúpida batalha.