Alô, Faroleiros e Faroleiras, saúde e paz! Eu me segurei ao máximo em não emitir opinião sobre o recente post que circulou na net, dando conta da traição do PT ao PSB. Como choveram cópias da matéria neste FAROL e como também sou filho de Deus, vou meter mimha colher neste “angú de traíras”. Entretanto, quero deixar claro que não pretendo fazer uma defesa do PT (vade retro) e nem mesmo do senador Humberto Costa e sua turma, que são especialistas em rasteiras, manipulações e por aí vai… 

Na dúvida, mirem-se no exemplo do prefeito João da Costa, em Recife. Condenado e defenestrado pelo seus próprios “companheiros”. Militei no PT por 13 longos anos. Ufa! Noves fora nada, o PSB do El Rey Eduardo I – o magnifíco – está colocando Serra Talhada como um caso claro da ingratidão do partido de Lula ao partido da Pomba Branca (PSB).”É legítimo o PT se expandir no Estado, mas não ao custo de aliados. É muita ingratidão, de fato. “Mas tem um preço e vai ter troco”, disse um socialista ao Blog do Jamildo.

Atentai bem, faroleiros, que ele termina em tom de ameaça: o tal do troco. Só faltou explicar o tipo de moeda corrente. Aliás, algo muito usado pelos dois irmãos siameses – PT e PSB. O que tem que ser dito é a contradição desta ameaça. De fato, o PT já se entranhou no poder central e não quer mais largar o filé. Quer de jeito nenhum. Quer mesmo é expandir os tentáculos para o Estado. Isso é legítimo? É. E é um direito. Entretanto, isto vai de encontro ao desejo do PSB em  continuar nas tetas do poder. O PSB não deseja que o PT atrapalhe o projeto em fecundação do El Rey, de poder chegar ao Planalto. Por isto e por outras que cidades como Serra Talhada e Petrolina são consideradas estratégicas.  Para ambos. O que  nenhum dos partidos tem moral de  falar é sobre traição. 

Ainda há dúvidas sobre a participação ou não dos socialistas  em detonar o chamado “escândalo vampiro”. Humberto foi absolvido mas perdeu as eleições. Portanto, não  me venham com lições de falsa moral. PT e PSB querem sim, eternizarem-se no poder. O resto… O resto é resto. Afinal, ninguém pensou duas vezes ao aliar-se aos partidos filhotes da ditadura de 64 ou mesmo ao projetar o mensalão. Agora é com vocês,  faroleiros, podem descer a madeira. Estou preparado. Como já disse… já fiz parte deste time.

 *Giovanni Sá é JORNALISTA editor do FAROL