Camara MunicipalA Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST) vai aprovar em sessão extraordinária, nesta quinta-feira (4), as emendas impositivas que foram alvo de quentes debates entre parlamentares e governo. A proposta original da Câmara era algo em torno de R$ 70 mil a ser alocado para cada parlamentar. O governo não quis diálogo e reduziu o valor para R$ 15 mil. Resultado: prevaleceu o desejo do governo, cujo interlocutor foi o secretário Josembergues Melo.

Conformados, das 15 emendas apresentadas 13 foram para perfuração de poços artesianos. O vereador Dedinha Inácio (PMDB) destinou toda a sua cota para Associação Boa Nova que trabalha na recuperação de dependentes químicos e Márcio Oliveira (PTN) que destinou quase tudo para bancar bolsa de estudos para estudantes carentes.

“Isso foi uma manobra grande do prefeito Luciano Duque e este valor dá apenas para instalar um poço artesiano. Isso é uma vergonha porque o povo não se alimenta de migalhas. Eu já tinha alertado alguns colegas sobre a possibilidade desta manobra”, disparou o vereador Leirson Magalhães (PSB) logo após o término da sessão.

Entretanto, nem todos os membros da oposição concordam com a postura de Leirson. “É um valor pequeno, mas estas emendas não irão servir como trampolim para fazer política. O governo vai ter que priorizar a aplicação dos recursos”, disse Gilson Pereira.

Também não há satisfação completa do lado governista, mas há um sensação de alívio com a aprovação das emendas.

“O valor é pequeno, mas Serra Talhada vai servir de exemplo. Essa Casa deu um grande passo porque é um avanço para quem não tinha nada”, disse Zé Raimundo Filho (PTB). Insatisfeito, o vereador Márcio Oliveira (PTN) ingressou com uma emenda ao Orçamento 2015, aumentando a alíquota para 0,7 % da Receita Corrente Líquida (RCL) que elevar o valor da emenda individual para R$ 70 mil. A emenda será votada ainda nesta quinta-feira (4).