DilmaSaudada por uma plateia de centenas de simpatizantes, em um evento fechado no Recife, a presidente Dilma Rousseff (PT) tentou demonstrar otimismo em um discurso de quase 40 minutos em que citou inúmeros programas do governo federal, mas evitou falar diretamente na crise política e econômica. No auge do discurso, a presidente garantiu que defenderá sempre a Petrobras, empresa cuja as denúncias de corrupção estão no centro da instabilidade política nacional.

“Nós somos a sexta economia do mundo e a Alemanha é a quarta. Mas se você perguntar para mim, em quem que você aposta, como sendo a economia mais forte, não quero falar isso só em relação a Alemanha, eu aposto nesse país, onde nós não temos essa imensa alegria de viver e essa capacidade de brigar pelo que nós queremos. Esse país tem riquezas que nós vamos proteger e protegeremos sempre, como é o caso do petróleo e da Petrobras”, afirmou a presidente, sob uma salva de palmas.

Na terceira edição do Dialoga Brasil, projeto do governo federal para coletar propostas junto a movimentos sociais para os principais programas federais, a presidente fez questão de destacar a disposição para o diálogo e prometeu “alumiar” a luz no fim do túnel. “Eu tenho certeza que daqui para a frente, nós vamos superar as nossas dificuldades e pegar o túnel, porque a chamada luz do fim do túnel, quem ‘alumia’ somos nós mesmos”, assegurou.

Em tom emocionado, Dilma disse que foram os governos do PT que deram igualdade de oportunidade para todos os brasileiros. “Esse país só dava oportunidade para alguns. A pobreza, no Brasil, tinha cor, sexo e região”, disparou a petista.
Animada, Dilma sorriu durante quase todo o evento de mais de três horas. A presidente recebeu presentes, como um buquê de flores, foi elogiada como “elegantérrima” pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), e até bateu palmas durante a apresentação de um grupo de maracatu.
( Do Jornal do Commercio )