Fotos: Farol de Notícias / Manu Silva

Publicado às 05h50 desta quarta-feira (10)

As boas histórias de vida estão espalhadas pelos quatro cantos da cidade. Quase na saída do bairro Caxixola, um pai de família serve uma boa comida caseira acompanhada de música boa. Na playlist toca Scorpions, Phill Collins, Rock Internacional e Nacional e MPB para proporcionar uma experiência relaxante na hora do almoço.

Erivaldo Genuíno de Araújo, de 58 anos, natural da cidade de Olho D’Água-PB, que fica a cerca de 400 km da capital João Pessoa, veio pequeno a Serra Talhada junto da mãe, Dona Terezinha, que hoje vive o auge de seus 91 anos ainda faz de tudo, e suas irmãs para terminar de fazer a vida após a morte do pai.

Veja também:   Casal morre após viatura da PMPE invadir contramão

Trabalhou boa parte do tempo como vendedor externo, foi bater em São Paulo e ficou por lá 8 anos, mas foi na gastronomia popular que encontrou o seu lugar e o seu sustento. Há 17 anos no ramo, Erivaldo também alimenta outra paixão, o futebol. É árbitro e organiza torneios na cidade.

“Sou o presidente da Liga dos Esportistas Serra-talhadense, promovo futebol na cidade e na região, mas infelizmente, estamos parados com o futebol por conta da pandemia e do espaço físico que a gente não tem. Estamos há dois anos sem competições, só tínhamos o Estádio Municipal Pereirão, foi interditado pela justiça e agora em reforma”.

Todos os dias a filha de Erivaldo, Thallyta, de 25 anos, fazem questão de almoçar em família com o marido, o Thiago, e a netinha, a pequena Lis, de 3 anos. Nas demais mesas, sempre frequentam funcionários das lojas e instituições da região, viajantes, vizinhos do bairro e amantes dos sabores simples e apetitosos. O cardápio com cara de comida de pai inclui saladas, carnes variadas e até uma fruta cortada para adoçar o prato.

Veja também:   Farol sai às ruas e tira dúvidas sobre videomonitoramento

“O ramo de restaurante surgiu como uma oportunidade. Um amigo meu tinha um, ia sair e me ofereceu para comprar o restaurante com tudo que tinha dentro, fui tomando gosto pela profissão e as oportunidades em uma cidade como essa de Serra são pequenas, se você não procurar ter um comércio e ser independente, não trabalhar para os outros, foi o que eu fiz. Era o meu sonho ter meu próprio negócio”, revelou o comerciante, completando:

“Até porque quando a gente chega em certa idade as oportunidades de trabalho se anulam. Eu aprendi porque foi a necessidade de aprender mesmo, na vida tudo que a gente se propõe a fazer tem que ser bem feito. O outro ponto ficava em frente a Fafopst, ali perto do Cônego, fiquei lá 15 anos e estou nesse aqui há dois anos. Depois da pandemia, as escolas fecharam. Venho todos os dias do Bom Jesus para cá, chego 5 horas da manhã e servimos café, almoço e janta. Ficamos até umas 18h ou 19h”.

Veja também:   Falta de pagamento ameaça tornozeleiras eletrônicas em Pernambuco