O deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) entrou na polêmica envolvendo a proibição de transportes de pessoas em veículos paus da arara em Serra Talhada. Falando à rádio A Voz do Sertão AM, nesta manhã, o parlamentar criticou o entendimento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobre o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), particularmente, em relação à Resolução 82 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), em vigor desde 1998. A medida dispõe sobre a autorização, a título precário, para o transporte de passageiros em veículos de carga, incluindo aí, os paus de arara.

“Depois da resolução 82 existe o entendimento de não proibir que pessoas sejam transportadas em compartimento de carga em situações precárias. E isso justamente está relacionado ao transporte de agricultores da zona rural. Eu não vejo acidentes em caminhões que transportam essas pessoas, vejo acidente acontecendo com cachaceiros que pegam carros”, bradou o socialista, afirmando que vai conversar com a superintendência da PRF sobre o assunto. O deputado aproveitou para tranquilizar os motoristas dos caminhões.

“Quem estiver sendo multado, entre em contato comigo que eu irei fazer a defesa. Outra orientação que dou que  procurem o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para regularizar seus caminhões. Vou fazer um ofício ao Dnit sobre o que está acontecendo. E se for preciso entraremos com mandado de segurança para proteger o direito desses trabalhadores rurais. O que não pode acontecer é prejudicá-los”, declarou Gonzaga Patriota.

FIQUE POR DENTRO

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) resolveu fechar o cerco e aumentar a fiscalização contra o transporte alternativo de passageiros oriundos da zona rural (LEIA AQUI) em Serra Talhada. A operação visa barrar caminhões paus de araras que, além de passageiros, costumam transportar todo tipo de mercadoria.

Vários caminhões foram multados no último sábado (18) e pessoas foram obrigados a irem de pé, do posto da PRF, na BR 232, até a cidade. Em contato com o FAROL, a Polícia Rodoviária alegou que estava cumprindo apenas o que preconiza o Código de Trânsito Brasileiro.