camaraDepois de divulgar uma nota sobre a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados no último domingo (17), o governador Paulo Câmara (PSB) falou pessoalmente sobre o assunto nesta segunda-feira (18). O socialista garante que não teme prejuízos para Pernambuco caso a petista consiga sair vitoriosa no Senado e continue no cargo. O Estado contribuiu com 18 votos favoráveis ao afastamento de Dilma, sendo dois de secretários estaduais que retomaram seu mandato temporariamente.

“Não espero retaliação porque não trabalho em cima disso. Trabalho em favor de Pernambuco e vou continuar fazer independente do governo que fique. Agora, vou cobrar muito do governo que fique ou que vá assumir medidas concretas em favor do Brasil”, disse.

O governador reiterou que desejava que seus secretários estaduais continuassem no posto e não fossem para Brasília. André de Paula (Cidades, filiado ao PSD) e Danilo Cabral (Planejamento e Gestão, filiado ao PSB) votaram pelo impeachment. Sebastião Oliveira (Transportes, filiado ao PR) se absteve na hora de votar. Felipe Carreras (Turismo, Lazer e Esportes, filiado ao PSB) esteve em Brasília, mas não votou e possibilitou que o suplente Augusto Coutinho (SDD) votasse SIM em seu nome.

“Todo mundo sabe que solicitei a meus secretários que só saíssem se considerassem muito necessário. Queria que eles tivessem ficado”, declarou. Para Paulo, que é vice-presidente nacional do PSB, não cabe punição aos deputados do partido que votaram contra o impeachment. Ele diz que isso também vale para o Senado.

“O partido apenas fez uma orientação que votasse a favor do SIM. Não fechou questão. Acho isso importante dentro do partido que a gente quer construir, que ouve todos os lados. Faz parte da democracia”, opinou. As declarações de Paulo foram dadas após um encontro com empresários coordenado pelo Grupo de Líderes Empresariais de Pernambuco.

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