Texto e fotos da assessoria

A FLOR DA PELE estreou na última quarta-feira, (30), às 19h no canal do YouTube “LEONAM maneco” e aborda temas relacionados a gênero e sexualidade no sertão. A peça teatral, que tem incentivo da Lei Aldir Blanc PE, vem sendo desenvolvida desde janeiro e chegou ao público apenas no final do mês de junho do corrente ano devido a uma série de adequações no calendário devido ao cenário pandêmico que se abateu sobre Brasil.

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“Brotou… Ou como dizemos no sertão “broiôu”. “A semente lançada broiôu e a A FLOR DA PELE nasceu nesta pátria nada gentil para com arte e com a cultura. Ainda sim, aqui, mesmo as sementes lançadas às pedras germinaram.’Habemos espetáculo’ Afinal, parafraseando o grande Graciliano Ramos, a vida afrouxa e aperta e germina e fulora entre espinhos. É preciso coragem para enfrentar este governo genocida que está no poder!” disse Mannoel Lima, diretor e roteirista de A flor da pele.

A produção conta com um grupo de profissionais majoritariamente atuantes em Serra Talhada como Paulo Cesar Frazelly (Proponente do projeto e Diretor de arte); Ricardo Cardouzo (Diretor musical); Róbson Marques ( Assistente de Produção); Sebastião Costa (Iluminador); Rita Daniele (Intérprete de Libras); Alvaro Severo e Max Rodrigues (ambos fotógrafo e videasta).  Mas também participaram do espetáculo artistas e produtores culturais de Recife Diretor de movimento: João Arnaldo Rodrigues (Diretor de movimento); Ana Carolina Borges (Produtora executiva) e Beto Trindade (Designer de Luz). O elenco é formado por Leandra Nunes, Tiago Gomes, Cleyson Xavier e George Andradi, sendo o último morador da cidade de Águas Belas.

Sobre o processo de produção da peça, o diretor musical Ricardo Cardouzo pontuou: “Para mim, participar de uma obra que aborda temas tão necessários para a evolução de nossa sociedade, é uma honra, além de um grade aprendizado! Produzir músicas vendo as cenas serem preparadas, me fez compor de uma forma diferente, carregada de sentimento e responsabilidade! Agradeço a Mannoel Lima, por me incluir nesse projeto e a toda equipe, pela dedicação e entrega!”

Um dos destaques da peça publicada no YouTube no último dia (30) é preocupação com a acessibilidade, pois o espetáculo conta o recurso de Interpretação em libras, garantindo assim a comunidade surda o direito a inclusão no processo de fruição artística. Quanto a esse aspecto a intérprete de libras Rita Daniele ressaltou:

“Aqui no Brasil, tudo é produzido em português, que não é a primeira língua da comunidade, sendo assim, a Libras é necessária em todos os espaços para que o povo surdo possa participar da sociedade e usufruir da cultura da mesma forma que as pessoas ouvintes. Desde a elaboração do projeto de FDP, a acessibilidade comunicacional foi pensada e construída junto à peça. Maneco está de parabéns pela condução desse processo inclusivo! Por mais cultura acessível! Pelo cumprimento da legislação de inclusão social!”.