Da Folha de PE

O pernambucano Cléber Santana, ex-jogador do Sport que faleceu em 2016 no acidente aéreo com a delegação da Chapecoense, teve sua história contada em um documentário produzido pelos canais ESPN. “Cleber Santana, a Estrela Solitária” estreia nesta quarta (21), às 21h, na ESPN Brasil. Os assinantes do streaming Star Plus já podem conferir a produção que conta o início da carreira do ex-meia, criado em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

O documentário tem roteiro e reportagem de Marcelo Gomes, com narração de Paulo Soares. O repórter de Esportes da Folha de Pernambuco, William Tavares, foi um dos entrevistados do projeto, que também tem participação do jornalista Francisco José, além do narrador Aroldo Costa e do comentarista Ralph de Carvalho, ambos da Rádio Jornal.

História de um craque

Cléber Santana foi revelado no Sport. De lá, foi vendido para o Vitória/BA, em 2004, por R$ 1,5 milhão. Passou pelo Kashiwa Reysol, do Japão, e seguiu para o Santos antes de se aventurar na Espanha. Foram três anos na Europa, vestindo as camisas de Atlético de Madrid e Mallorca. No Brasil, ainda jogou por São Paulo, Flamengo, Athletico, Avaí, Criciúma e, finalmente, na Chapecoense.

Pela Chape, Cléber estava prestes a disputar a final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético de Nacional, da Colômbia. No dia 28 de novembro de 2016, porém, o avião da empresa boliviana La Mia, que transportava a delegação do clube, caiu ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín. As investigações apontaram que a queda se deu por pane seca (falta de combustível). Além dele, outras 70 pessoas morreram e seis ficaram feridas. Outro pernambucano que faleceu na tragédia foi o jogador Kempes.

A Folha de Pernambuco publicou em novembro do ano passado, na data que marcou os cinco anos da tragédia, uma reportagem contando a situação dos familiares das vítimas da tragédia que esperam o recebimento das indenizações por parte da Chapecoense, da companhia áerea boliviana LaMia, a seguradora britânica Tokio Marine Kiln, a resseguradora boliviana Bisa e a corretora britânica AON. O caso segue na Justiça. Em dezembro de 2019, o Senado Federal instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a situação.

Seguindo os passos do pai

Cléber deixou dois filhos: Clebinho, de 20 anos, e Aroldo, de 17. O primeiro assinou no ano passado um contrato profissional com o Sapucaiense, clube da terceira divisão gaúcha, mas optou por deixar a equipe e pausa a carreira. Quem permanece nos passos do pai é o mais novo, que atua nas divisões de base do Retrô.