O número de casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes em Serra Talhada sofreu uma queda com relação ao ano passado. Segundo dados da Delegacia de Polícia Civil, em 2012 foram registradas 23 ocorrências durante o ano, contra 12 até a primeira quinzena de dezembro de 2013. Na prática, uma queda de 50%.

Nos boletins de ocorrências os casos são registrados como estupro de vulneráveis, que vai desde uma simples carícia até a consumação do estupro. Neste cenário pelo menos um  fator chamam à atenção: a maioria das vitimas são meninas que estão na faixa etária de 5 a 14 anos.

Mas se os números absolutos aparentam ser pequenos a realidade pode ser mais assustadora. De acordo com o Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA) do estado, cerca de 80% dos casos de abuso ocorrem dentro da família ou envolvendo alguém do convívio da vítima.

“Devido a este fato, muitos dos casos acabam sendo abafados. O problema é que quanto mais se faz isso, se potencializa a violência porque o agressor vai se sentir protegido”, comentou uma das coordenadoras da GPCA, Claudeny Spnelly, em conversa com o FAROL.

Em 2013 o caso que acabou provocando a revolta da população serratalhadense envolveu um pregador evangélico que foi acusado de abusar de uma criança de sete anos. O fato foi denunciado pela própria avó da menor que procurou o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para registrar a acusação. O caso está sendo investigado sob sigilo de Justiça.