Curso-Gratuito-Tecnico-em-Enfermagem
IMAGEM ILUSTRATIVA

Atualizado às 12h desta terça-feira (25)

Estudantes de Serra Talhada estão apreensivos com a possibilidade de investir num curso que não é reconhecido em Pernambuco. Alunos do curso técnico em enfermagem da escola Residência Saúde alegam que a escola não está registrada na Secretaria de Educação do Estado e não garante o registro profissional emitido pelo Conselho Regional de Enfermagem (Coren) para quem termina o curso. Diante disso, estudantes se sentiram prejudicados e buscaram o FAROL DE NOTÍCIAS para denunciar o caso e cobrar providências da empresa.

A Residência Saúde tem a matriz em Alagoas e está com uma filial  em Serra Talhada desde 2011 e algumas das pessoas que já se formaram na Capital do Xaxado não conseguem retirar o registro junto ao Coren para trabalhar em Pernambuco por causa da irregularidade da escola. “Nós estamos estudando, mas com medo de ser prejudicados mais na frente. Temos seis meses de curso, a duração total é de dois anos. Queremos que alguém se posicione que venha até nós e esclareça o que está sendo feito. Já tem uma ação no Ministério Público e estão pedindo a documentação da Secretaria Estadual e do Conselho de Educação, mas a escola não está registrada lá”, cobram os alunos.

Os jovens relataram o procedimento para obtenção do registro de acordo com as normas da escola. “Eles levam a turma formada para Alagoas, para tirar o Coren lá, mas a gente não consegue fazer a transferência de Alagoas para Pernambuco. Já houve problemas com a turma de Radiologia e a turma todinha saiu da escola. Eles avisam na inscrição para os cursos que tem que tirar o Coren em outro estado, mas fazem os estudantes acreditar que o registro terá validade no território nacional, mas não é assim que acontece, Gostaríamos de saber também porque a Prefeitura de Serra Talhada deu um alvará de funcionamento a uma escola que nem CNPJ tem aqui dentro de Pernambuco, uma escola fantasma?”, questiona uma das estudantes.

O OUTRO LADO

A reportagem do FAROL entrou em contato com a sede da empresa em Maceió (AL) e os representantes explicaram que estão tentando resolver o problema há alguns meses junto ao Coren e ao Conselho Estadual de Educação de Pernambuco. A escola alega que tem uma autorização de ensino à distância emitida no estado de Alagoas e outra para implantar polos em todo o Brasil, mas Pernambuco quer uma licença especial para liberar esses registros no Estado. A empresa diz que até a próxima sexta-feira enviará a documentação solicitada pelo Coren de Pernambuco, mas não há previsão de quando o registro será liberado.