A coordenadoria de Saúde Bucal da Prefeitura de Serra Talhada iniciou uma briga para que a água que chega aos lares serratalhadenses recebam fluoretação. Ou seja, doses de Flúor para diminuir os índices de cáries dentárias na população. Segundo o coordenador de saúde bucal, Audison Pereira, a lei que determina a fluoretação das águas dos sistemas de abastecimentos públicos existe desde 1975 e resolveu cobrar da gerência regional da Compesa, em Serra Talhada, providências urgentes.

“Eu não entendo porque não se cumpre uma lei simples como esta e de fácil aplicação. O custo é de apenas um real por habitante. È muito pouco, se você imaginar que vai reduzir em 60% os índices de cáries. Principalmente nas famílias mais pobres”, relata Pereira. Indignado, ele diz que espera uma resposta da Compesa sobre o assunto que sequer respondeu ao ofício da prefeitura. “Enviei o ofício a mais de trinta dias”, lamentou Audison Pereira.

Diante a inércia do órgão estatal, o coordenador de saúde bucal estimula a população a utilizar o mesmo expediente que foi aplicado na cidade de Petrolina. “Ela (Petrolina) é a única cidade do interior do Estado a ter água fluoretada. Mas isto aconteceu devido a pressão popular. Lá houve mobilização das pessoas”, disse Audison Pereira.

ÓRGÃO EVITA DAR RESPOSTAS

Procurado pela reportagem do FAROL, o gerente da Compesa, Augusto César, se recusou a conversar sobre o assunto. Após insistência, por telefone, César enviou uma nota de duas linhas, afirmando que o ofício da prefeitura foi enviado à diretoria da Compesa, em Recife. Ele adiantou que a nova Adutora do Pajeú irá proporcionar a fluoretação da água.