Nesta quarta-feira (28) completa dez dias do sumiço misterioso do casal Graça Santos e Paulo Fernandes, que acabou deixando um rastro de interrogações na cidade e na Polícia Civil. Em conversa com o FAROL, o delegado responsável pelo caso, Olegário Filho, revelou que abriu inquérito para apurar o suposto desaparecimento dos dois. Durante este tempo, ele vem colhendo depoimentos de familiares, colegas de trabalho e conhecidos para tentar elucidar o caso.

O delegado informou que o inquérito investigativo foi aberto após o registro de um boletim de ocorrência em que Graça Santos é citada. “O B.O. foi registrado pelos proprietários da empresa em que ela trabalhava. A queixa foi apresentada dando conta de um desfalque na loja. Por enquanto, nada é conclusivo. Estamos trabalhando com várias hipóteses. É preciso cautela para não sermos prematuros nas conclusões”, ressaltou o delegado. A expectativa é que o inquérito seja concluído em 30 dias.

Apesar de a Polícia Civil ter confirmado ao FAROL que a hipótese de desaparecimento está praticamente descartada, segundo o delegado Olegário Filho, o termo “desaparecimento” ainda pode ser aplicado ao caso. “Pois tivemos a oportunidade de conversar com familiares que alegam não saber de qualquer informação sobre eles”, explicou, ratificando que isso o deixa com um leque de hipóteses em mãos.

RELEMBRE O CASO

A repercussão sobre o casal ganhou força a partir dos próprios familiares e amigos deles que lançaram na internet uma campanha de “procura-se”. Depois disso, um boato percorreu a cidade dando conta de que havia dois corpos carbonizados próximo a barragem do Jazigo, e que poderiam ser do casal. Mas a informação era falsa.

Familiares de Graça e Paulo revelaram que eles não foram vistos na cidade desde o  domingo (18). Ela também deixou um bilhete informando aos familiares e ao patrão que precisaria viajar às pressas, mas – no conteúdo da carta – não dizia para onde e nem por quanto tempo iria ficar longe.