A princípio, a simulação deveria ocorrer nesta segunda-feira (4), mas o Delegado Carlos Couto, responsável pelas investigações, só deverá confirmar se será possível no fim da manhã. Segundo a assessoria da Polícia Civil, ainda faltam alguns detalhes para a realização do procedimento, como a participação de um familiar de Anne Trindade, que deverá ajudar o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística (IC). A ideia é realizar os trabalhos no horário aproximado em que as mortes ocorreram, entre 17h30 e 18h30.
Na semana passada, o delegado Carlos Couto afirmou que faltou um salva-vidas na área de lazer do estabelecimento e isso teria tido grande importância para os óbitos. “Nenhum dos dois fatos havia presença de guarda-vidas, o que é obrigatório por lei no nosso estado. Também, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) considera imprescindível que haja um operador de piscina. Este é um funcionário do hotel que basicamente tenha conhecimento das engrenagens do tanque”, detalhou.
Na morte de Anne Trindade, explica o policial, houve outro fator importante: “Ela havia ingerido bebidas alcoólicas e isso ficou provado pelas notas do bar do hotel”, observou.
Mesmo com as investigações em andamento, a piscina do hotel foi liberada para os hóspedes. O delegado afirmou que vai entrar com um recurso para que seja obtida uma medida cautelar para o estabelecimento que determine a contratação do profissional guarda vida, sob pena de multa.
“Estamos representando para que seja concedida uma medida cautelar para que o hotel contrate um salva-vidas sob pena de multa diária de R$ 10 mil, ou a interdição da construção [piscina]. No entanto, essa competência de interdição é de órgãos administrativos da Prefeitura e dos Corpo de Bombeiros, não da Polícia Civil”, ressaltou o titular do caso.
Caso fique comprovado que o administrador do hotel foi omisso na contratação de salva vidas e de que a construção está em desacordo com as normas técnicas da ABNT, ele pode responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A pena varia de um a três anos de detenção. Ainda não há prazo para a conclusão do laudo tanatoscópico.
(*) do G1
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