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O comando da polícia iraniana advertiu nesta quarta-feira (28) que suas unidades vão se opor “com todas as forças” aos manifestantes que protestam há 12 dias pela morte de uma jovem detida pela polícia da moral.

“Hoje, os inimigos da República Islâmica do Irã e alguns agitadores procuram perturbar a ordem e a segurança da nação utilizando qualquer pretexto”, afirmou o comando da polícia em um comunicado.

“Os policiais vão se opor com todas as suas forças às conspirações dos contrarrevolucionários e aos elementos hostis. E atuarão com firmeza contra os que perturbam a ordem pública e a segurança em todo o país”, afirma a nota, citada pela agência de notícias Fars.

Os protestos, que acontecem todas as noites, começaram em 16 de setembro quando Mahsa Amini, uma jovem iraniana de 22 anos, morreu no hospital, três dias depois de ter sido detida em Teerã por supostamente violar o rígido código de vestimenta imposto pelas autoridades.

O balanço mais recente divulgado pela agência Fars na terça-feira afirma que quase 60 pessoas morreram desde 16 de setembro.

A polícia anunciou a morte de 10 agentes, mas não explicou se eles estão entre as 60 vítimas fatais do balanço oficial.

As autoridades também anunciaram a detenção de mais de 1.200 manifestantes desde 16 de setembro.