Foto fornecida pela Polícia Federal

Com informações do G1 Pernambuco e Blog do Ricardo Antunes

A Polícia Federal (PF) em Pernambuco cumpriu, nesta terça (9), nove mandados de prisão e 14 de busca e apreensão, em uma ação contra suspeitos de agiotagem, pistolagem e lavagem de dinheiro, em três estados. Entre os alvos está o empresário serra-talhadense Rogério Magalhães, apontado como líder da organização. Ele está preso na base da PF em Salgueiro e já prestou depoimento.

Além dele, foi preso também um policial federal e um militar do Exército. Segundo a Polícia Federal, em cinco anos, o grupo movimentou R$ 130 milhões. A Operação Curica foi realizada no Recife, Serra Talhada, no Sertão, além de Sorocaba (SP) e Campo Grande (MS). O nome da ação é uma referência ao apelido de um dos envolvidos na organização.

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Segundo a PF em Pernambuco, os agentes também cumpriram mandados de sequestro de bens móveis e imóveis. Nas ações, foram apreendidos armamentos, munições, além de relógios e bolsas de luxo. Os agentes também apreenderam veículos, valores em espécie, cheques bancários e equipamentos de informática. Por meio de nota, a PF informou que a investigação teve início em 2020. A meta da Operação Curica era apurar o envolvimento da organização comandada por um “suposto” empresário pernambucano.

Foto fornecida pela Polícia Federal

Esse homem, um dos alvos da operação desta terça, atuava nos setores de hotéis e motéis, bem como postos de combustíveis. Ainda segundo a PF, os R$ 130 milhões foram movimentados em contas bancárias de seus integrantes e de terceiras pessoas “cooptadas com essa finalidade”. Essas pessoas, disse a PF, seriam “laranjas” e não tinham como comprovar a origem lícita dos valores. “Também foram identificadas diversas pessoas jurídicas criadas pela organização com a única finalidade de facilitar a lavagem dos valores obtidos com as práticas ilícitas”, informou a PF, no comunicado. Os mandados foram cumpridos nos endereços dos envolvidos. Todos foram alvo de prisão temporária.

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Mais detalhes

Em entrevista disponibilizada pela PF, o delegado federal Márcio Tenório Wandreley disse que seis prisões foram feitas em Pernambuco, duas no interior de São Paulo e uma em Mato Grosso do Sul. “Todos foram levados para unidades prisionais desse estados. A gente ainda pode ter desdobramentos, a partir do material apreendido”, acrescentou. Ainda segundo o delegado, o militar e o policial federal tinham envolvimento na lavagem de dinheiro da organização, que tinha sede em Pernambuco.

A principal atividade era a prática de agiotagem. O crime de usura, como é tipificado no Códio Penal, é o “ato de cobrar juros, e outros tipos de taxas ou descontos, superiores aos limites legais, ou realizar contrato abusando da situação de necessidade da outra parte para obter lucro excessivo”. “Hotéis, motéis e postos de gasolina são bastante usados para lavar o dinheiro de atividades ilícitas e para inserir dinheiro no sistema financeiro oficial”, observou.

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