Do G1

 Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil de São Paulo prendeu na terça-feira (14) uma quadrilha que criou um “call center do crime” para furtar dinheiro de contas de clientes de bancos no país.

A 4ª Delegacia de Crimes contra o Patrimônio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) investigou e deteve quatro mulheres. Elas seriam indiciadas por estelionato e associação criminosa.

As mulheres, que têm entre 18 e 19 anos de idade, operavam uma central clandestina com telefones celulares e cinco computadores em Perus, na Zona Norte da capital paulista. Nenhuma delas tinha passagens criminais anteriores. A polícia investiga se mais pessoas participavam do esquema criminoso.

Veja também:   Projeto do Colégio Chico Mendes fortalece vínculos familiares em ST

De acordo com a investigação, elas fingiam ser atendentes do call center de bancos, ligando para clientes das agências, de preferência idosos. Segundo a polícia, as falsas atendentes diziam às vítimas que apareceram compras suspeitas nos cartões bancários delas pelo sistema de monitoramento.

E que para checar se a compra era irregular seria preciso digitar a senha do cartão no celular. Em seguida, um programa de computador identificava os números, repassando-os à quadrilha.

Em alguns casos, os bandidos enviavam motoboys para as residências das vítimas. Eles pediam o cartão bancário atual com a falsa promessa de que seria substituído por um novo.

Com o cartão e as senhas dos clientes, o bando fazia saques de dinheiro em caixas eletrônicos e compras online. Para ajudar no ‘disfarce’, as atendentes colocavam músicas de espera dos respectivos bancos das vítimas.

Veja também:   Assisão será homenageado com título de cidadão em Petrolândia

O Deic ainda apura quantas vítimas caíram no golpe e quanto de dinheiro já foi retirado das contas delas. “Cuidado com quem liga para vocês. Essa é uma quadrilha muito articulada, onde geralmente eles usam o telefone fixo. Então cuidado quando receberem ligação via telefone fixo”, disse o delegado Jacques Ejzenbaum, da 4ª Delegacia de Crimes contra o Patrimônio.