marina eduardoO pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, e sua provável vice, Marina Silva, afirmaram neste sábado (15) que a aliança que sustenta o governo Dilma Rousseff é marcada por loteamento de cargos e chantagens no Congresso. Com referências aos embates do Planalto com o PMDB, Marina acusou Dilma de governar “com base em apropriação e desvios de pedaços do governo”.

“O governo da presidente Dilma é a denúncia mais contundente do esgotamento deste modelo. É uma governabilidade torta, que não se faz a partir de programas, mas da combinação de instrumentos de força e de favor”, disse Marina, em encontro da aliança PSB/Rede/PPS no Rio.

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“O marco civil da internet foi ameaçado pela chantagem no Congresso. Não queremos fortalecer aqueles que usam a chantagem por mais um cargo, mais um ministério, mais um conselho”, prosseguiu a ex-senadora.

Sem citar Dilma, Campos disse que os partidos que governam o país “insistem em fazer política como na velha República, com fisiologismo, patrimonialismo e o povo excluído”.

“É hora de o povo brasileiro derrubar o muro que a velha aliança carcomida ergueu entre o Brasil real e o Brasil que está na aliança política em Brasília”, afirmou o presidenciável.

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CRISE ENERGÉTICA

Campos e Marina também criticaram o governo pela crise energética. A ex-senadora criticou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), e sugeriu que ele não tem preparo para o cargo.

“É até um vexame quando a gente vê uma entrevista do ministro”, disse.

Campos criticou as medidas anunciadas pelo governo nesta semana, que incluem o aumento no subsídio às empresas do setor.

O governador disse ainda que a possível chapa com Marina deve ser anunciada no mês que vem. “Esperamos fazer isso em abril. Estamos fazendo tudo no tempo certo. Não temos ansiedade.”

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( Folha de São Paulo )