Publicado às 05h16 desta quinta-feira (3)

Diante de tanta polêmica em torno do debate dos banheiros multigêneros e o Projeto de Lei do vereador Vandinho da Saúde para vetar a criação do espaço inclusivo às pessoas LGBTQIA+, o Farol de Notícias foi às ruas de Serra Talhada para ouvir a opinião popular sobre o assunto.

O debate acalorado tem pautado também as entrevistas do Programa Falando Francamente da TV Farol, com Giovanni Sá, que ouvirá o vereador nesta sexta-feira (4)

FALA POVO – BANHEIROS MULTIGÊNEROS

 

Wellington Marcos de Souza Bezerra, 22 anos, morador do Bom Jesus, é professor de matemática e inglês e caixa de loja. O rapaz se mostrou a favor dos banheiros multigêneros.

“Eu sou a favor, devido que a gente sabe muito bem que estamos em um mundo não existe só dois gêneros, não há só binarismos. Nosso meio LGBTQIA+ é muito diverso, e em geral pessoas trans e travestis e outras pessoas que não se sentem confortáveis em entrar no banheiro feminino e nem no masculino”, explicou.

Ana Moreira de Andrada, 71 anos, moradora do bairro AABB, é uma funcionária pública aposentada e apresentou uma opinião positiva em relação ao debate. 

“Tudo que for em benefício, que for melhor é certo, é correto. É importante, é tudo normal. Se for para o bem tem que ser feito”, afirmou a aposentada.

Francisca Gomes Constantino da Silva, 44 anos, técnica de enfermagem e psicóloga em formação ponderou em sua opinião e expressou seus receios.

“Sou a favor, desde que a pessoa de fato tenha a opinião formada. Ou seja, ela se traveste de menina porque de fato ela se reconhece como menina ou como menino. Eu sou a favor que seja compartilhado esses banheiros igualmente se não houver de má fé de algumas pessoas que se travestem de meninas para entrar em banheiros femininos para olhar as meninas. Desde que tenha de fato esse entendimento que a pessoa seja de fato o que é”, opinou.

Mattheus Luiz, 28 anos, morador do Centro. O jovem é um homem transgênero e defendeu a criação dos banheiros em Serra Talhada como medida inclusiva.

“Eu sou a favor ter, porque como homem trans, para mim é horrível ter que chegar em um local e ainda usar banheiros femininos, porque se eu for no masculino tem olhar estranho, se eu for no feminino tem olhar estranho. Então os banheiros multigêneros seriam perfeitos para quem não se sente à vontade com os olhares”, detalhou o autônomo.

Carlos Rodrigo Gonçalves Sá, 44 anos, comerciante. O Barman nota 10 preocupou-se com a estrutura do seu estabelecimento para atender a demanda de um banheiro multigênero, mas se mostrou a favor.

“É o seguinte, eu não tenho nada contra. Agora assim, o comércio já pronto fica difícil fazer um ambiente assim. No meu caso mesmo, seria mais difícil. Mas nada contra, seria uma boa ideia aí para a turma do gênero”, ponderou o comerciante.