MEC eleva FIS a Centro Universitário em Serra Talhada

Fotos: Licca Lima/Farol 

Após publicação da portaria nº 2.058/2023, do Ministério da Educação, a Faculdade de Integração do Sertão (FIS) foi elevada e credenciada a ser Centro Universitário e se chamará agora Unifis. Com isso, a unidade de ensino ganha maior autonomia para gerenciar seus cursos e programas de educação superior. O Farol aproveitou a novidade e conversou na tarde dessa segunda-feira (4) com o professor, diretor acadêmico, e agora futuro reitor da Unifis, Luís Melo [foto].

Luís, que leciona na disciplina de Processo Civil, recebeu com felicidade o novo status da unidade educacional e reforçou a grandiosidade regional do estabelecimento que já formou cerca de 20 mil discentes, dentre juízes, advogados, dentistas, fisioterapeutas, entre outros, acolhendo e impulsionando os sonhos de estudantes de mais de 80 cidades de estados como Ceará, Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Bahia.

“O sentimento de pertença nosso, por ser da terra, quis fundar uma instituição de ensino não pensando no lucro, mas pensando  sim em cursos de qualidade, quis trazer a FIS para cá. O nome dela agrega valor a sua própria existência. Somos a única instituição do sertão pernambucano que temos comitê de ética. E esse trabalho de chegar a ser centro universitário é um trabalho árduo, um trabalho de anos”, afirmou Luis Melo.

“Depois tem a visita do MEC, que demora em média de dois anos para depois terminar aquele processo para sair a portaria e nós tiramos 4, o que equivale a um 9.  A gente fica muito feliz, porque gera outro horizontes não só para FIS, mas para própria Serra Talhada. A autonomia universitária que adquirimos é muito grande, então vamos poder ser mais céleres em trazer mais cursos de qualidade para a região. A faculdade que vem integra os sertões através do conhecimento. Ela está em Serra Talhada, mas ela é dos sertões”, reforçou.

SOBRE O CURSO DE MEDICINA

O futuro reitor ainda comentou sobre a habilitação da Capital do Xaxado para receber o curso de medicina em suas unidades de ensino e  esclareceu que o processo é mais complexo do que se imagina e que provavelmente só será concretizado no ano de 2027.

“O sonho nós temos primeiro, temos que passar por uma concorrência pública que só vai sair em 2025, obedecendo todas as regras do edital. O MEC vai avaliar e vai ter um ganhador, mas essa resposta só vai sair em 2025. Quando o MEC disser quem vai estar habilitado para ter o curso de medicina em Serra Talhada, aí vai começar o processo propriamente dito”, explicou Luis Melo, detalhando:

“A gente começa a depositar os documentos que são exigidos, depois vem uma visita in loco, para depois sair um relatório, que vai para Brasília, para todos os conselhos, depois para o conselho nacional de educação, depois volta. E no final, se tudo der certo, sai a publicação no diário oficial”.

SOBRE O CENTRO UNIVERSITÁRIO

O diretor acadêmico, Luis Melo, e o diretor administrativo da FIS, Célio Antunes, em audiência com o ministro da Educação, Camilo Santana

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Luís explicou que para obter a habilitação de um curso ou o status de centro universitário algumas diretrizes devem ser observadas e avaliadas como a quantidade de professores mestres e doutores, bibliotecas física e virtual, equipamentos, laboratórios, grade curricular, a Comissão Própria de avaliação/CPA e a responsabilidade social; o que a faculdade apresenta e entrega para a população.

Atualmente, o Centro Universitário – Unifis atende mais de 3 mil alunos e possui um quadro de mais de 300 profissionais entre professores e trabalhadores dos setores de apoio acadêmico, administrativo e logístico. Além disso, Luis chamou atenção para o impacto da Unifis na geração direta e indireta de renda da comunidade que surgiu junto com o nascimento da unidade ensino.

Segundo o docente, a partir de agora, haverá uma reestruturação da nomenclatura de determinadas funções e uma grande probabilidade da entrada de novos cursos como biomedicina, engenharia elétrica, medicina veterinária e arquitetura, todos como modalidade presencial.

O tripé que sustenta a relação entre alunos professores e comunidade universitária, segundo Luís, é formar cidadãos conscientes de sua existência, que contestem a realidade imposta, instruir pessoas empáticas que possam ajudar a transformar outras vidas e, por fim, habilitar profissionais que possam valorizar e utilizar com responsabilidade o conhecimento ofertado pela Unifis. “As faculdades tem a responsabilidade de não só passar o conhecimento, mas passar humanidade”, finalizou o futuro reitor.