O deputado e ex-candidato a prefeito de Serra Talhada, Sebastião Oliveira (PR), confessou, durante entrevista ao radialista Francys Maia, esta semana, que pode não ser candidato em 2014. Analisando um leque de alternativas, o republicano reconheceu a incerteza do próprio futuro após as eleições 2012. Apesar disso, o parlamentar garantiu que afastar-se do mundo político não lhe afeta em nada do ponto de vista pessoal. Avaliando ainda ser muito cedo para debater o próximo pleito, ele arriscou dizer que, na hipótese de continuar na política, pode, sim, sair candidato a deputado federal junto com Inocêncio Oliveira (PR). E chegou até a cogitar o primo disputando a próxima campanha como vice-governador de Pernambuco. O deputado praticamente descartou do seu leque de opções disputar um terceiro mandato como estadual.

“Se não conseguirmos (Sebá e Inocêncio) machar juntos em 2014, ou como dois federais ou ele (Inocêncio) na vice-governança (de Pernambuco) ou no senado e eu ficando como federal, enfim… Se não construírmos essa alternativa, eu posso não ser candidato a absolutamente nada em 2014. Mas isso não vai mudar a minha vida pessoal, não. Pois sou médico, sou professor, tenho dois concursos públicos, sou empresário e vou viver a minha vida sendo servo de Deus em outras áreas. Obviamente que eu quero continuar minha vida pública. Mas, se chegar a um ponto em que seja preciso eu e Inocêncio (Oliveira) brigarmos para ter um mandato, eu prefiro ficar sem”, revelou Sebastião Oliveira, concluindo: “nunca trocarei amizade por poder”.

O parlamentar lembrou o acordo feito com o deputado Augusto César (PTB), que provocou a adesão do petebista ao bloco “azulão” em Serra Talhada. “Queremos manter a mesma coesão que construímos. Com o deputado Augusto César figurando como estadual e que a gente possa aparecer como federal, caso haja aceitação de Inocêncio e do governador Eduardo Campos”. Finalizando, o ex-candidato a prefeito de Serra Talhada falou sobre a intenção de querer manter o clima de paz com Augusto, mas reconheceu que, se de um lado é preciso evitar racha, de outro, a ruptura às vezes é inevitável. “Obviamente que existem momentos na vida que temos que se separar de alguns companheiros. Eu tenho a convicção que chegará um momento em que a construção política não deu para ser feita e a gente venha a se separar”.