Fotos: Farol de Notícias / Max Rodrigues

Publicado às 16h56 desta quarta-feira (23)

Atualizado às 04h24 desta quinta-feira (24)

Diante do jogo de aumento e redução dos preços de combustíveis pela Petrobras, os consumidores estão amargando no bolso a instabilidade. Em Serra Talhada e demais cidades do Sertão e Agreste, os condutores estão ocupando as BRs e paralisando o tráfego para protestar.

A reportagem do FAROL, visitou alguns postos de combustíveis e conversou com usuários e funcionários para saber a opinião popular.

Segundo alguns donos de postos e frentistas, o abastecimento só está sendo garantido pelos tanques que têm na cidade e se continuar nessa confusão, em breve a cidade pode ficar sem gasolina, álcool e diesel.

No início da noite dessa quarta-feira (23), filas se formaram em alguns postos que ainda tinham combustível. Já no bairro do Bom Jesus, um estabelecimento cobrava R$ 6 por um litro de gasolina.

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FALA POVO – COMBUSTÍVEIS

Proprietário de posto, que pede para não ser identificado

“Neste ano de 2018, já se foram 125 aumentos de combustível em menos de 6 meses. Como se fosse um aumento diário, e o posto revendedor, que no caso somos nós, fica refém de passar esses aumentos. Justamente porque em Serra Talhada tem 26 postos e o posto não tem cliente fiel, o cliente se dá por 1 centavo, dois centavos. Ou então, a conveniência de abastecer onde está mais próximo. E com tudo isso, não só o produto na base, mas também os fretes. Hoje a gente vive trabalhando com filantropia, pelo preço de compra e o preço de venda da gente. No diesel é que a margem é achatada mesmo”.

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Pedro José de Melo, caminhoneiro

“Vai aumentar também e aqui em Serra nós vamos parar todo mundo. Lá na feira a conversa é que vai parar todo mundo aqui na pista, fazer um bloqueio. Viajo para todo canto e já peguei diversos trânsitos parados assim, direto. Está com poucos dias que eu peguei fechado ali perto de Ibimirim. O aumento está horrível e já está faltando o combustível, já. Acabei de completar o tanque aqui para ver se dá para viajar de novo, mas uns amigos meus que estão em Petrolina desde ontem que está parado. Atrapalha muito a vinda para as cidades”.

Danilo, 29 anos, frentista

“Até agora, no momento, não está afetando muito não porque ainda temos combustível dentro do tanque. Mas se caso não houver um acordo a gente vai ficar sem combustível e afeta muito, o motorista, todo mundo. A gente que trabalha aqui é quem mais precisa do real, e se parar a gente fica sem o trabalho e é muito ruim”.

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