O  drama em que vive a Faculdade de Formação de Professores (FAFOPST), em função da última nota do Índice Geral de Cursos (IGC), começa a ter um viés político. Nessa segunda-feira (21), o clima esquentou durante a sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Serra Talhada, após um discurso emocionado e inflamado do petebista Zé Raimundo, que  disse sentir-se envergonhado com o desempenho da autarquia. Ele cobrou um debate sobre o tema com a sociedade.

“Não quero culpar ninguém. Quero melhorar. Mas essa Casa precisa provocar uma audiência pública com o corpo docente e discente e descobrir o que está acontecendo. A faculdade tirou a nota um porque não existia a nota zero. É uma vergonha”, disparou Zé Raimundo. Entre os problemas a serem debatidos, ele informou que os professores contratados não recebem 13º salário e no último concurso realizado pela entidade, nenhum professor foi efetivado. “E passaram bons professores e a autarquia preferiu comprar uma briga na justiça para não nomear os concursados”.

O contraponto partiu do vereador Paulo Melo, que é irmão do gestor da Fafopst. O parlamentar acabou desviando parte da culpa do desempenho para  o prefeito Carlos Evandro (PR). “Vossa Excelência sabe que há professores indicados pelo prefeito Carlos Evandro e que o prefeito não deixa tirar de jeito nenhum. Portanto, o prefeito tem que ser convocado para esta audiência pública. É ele que nomeia para preencher cargos sem concurso público”, enfatizou, recebendo a concordância do vereador Zé Raimundo.

Já o petista Zé Pereira preferiu dar foco ao montante colocado no orçamento 2012. “Fora as mensalidades que são cobradas, tem mais de R$ 3,5 milhão para a faculdade. Isto também precisa ser debatido”, finalizou.

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