Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco
Por Folha de Pernambuco
Passada a eliminação precoce na Série C do Campeonato Brasileiro, o presidente do Náutico, Diógenes Braga, falou pela primeira vez com o torcedor alvirrubro. Em entrevista ao programa Fórum Esportivo, da Rádio Jornal, o mandatário afirmou que não vai renunciar ao cargo depois do pedido da torcida. Porém, o dirigente confirmou que não será candidato na eleição que será realizada em dezembro.
“Renúncia, não. Pretendo terminar meu mandato. Mas o que posso colocar, conversei com meu grupo, não vou colocar meu nome no intuito de renovação de mandato. Isso foi acatado por todos. A ideia da gente é que a gente conclua o mandato, que a gente passe para a preparaçaõ do clube, para que a gente tenha uma sucessão, um processo maduro e pacificado. O clube precisa de pacificação e isso passa pelo nível de turbulência do clube. Desde o primeiro dia do meu mandato a gente tem um ambiente muito tensionado”, enfatizou Diógenes.
Segundo o presidente alvirrubro, além de não concorrer ao pleito para o biênio 2024/25, ele também ficará distante de qualquer cargo dentro do clube. “Não pretendo ocupar cargos para não paracer que é um disfarce. Vou colaborar como sempre antes de ser presidente, diretor, antes de qualquer pessoa me conhecer. Mas não vou ocupar nenhum cargo, pretendo realmente me afastar”, pontuou.
Em relação a possibilidade das eleições serem antecipadas, Diógenes não se mostrou contrário à ideia que vem sendo cobrada pela torcida. Entretanto, o cartola alvirrubro deixou claro que ainda não debateu o tema com outras lideranças do clube.
“Essa decisão não é do Executivo, é do Conselho (Deliberativo). A boa relação entre Executivo e Conselho facilita qualquer debate. Eu entendo que tudo precisa ser debatido. Pode ser algo há considerar, sim. Acho que não se deve descartar essa possibilidade, mas não parei para debater isso com outras pessoas”, detalhou.
“Se tem algo que a gente pode dizer ao torcedor é um pedido de desculpas gigante, do tamanho dos Aflitos lotado, por não conseguir o objetivo do acesso. Mas existem muitas coisas no clube que estão em curso e precisam ter sequência, como o processo de Recuperação Judicial, um processo extremamente planejado de saneamento do clube e que pode mudar a história do clube. Toda a qualificação dos Aflitos, do CT, toda a questão estrutural, de Liga, de SAF. Tudo isso são assuntos ligados a um futuro promissor do clube. E isso não pode ser perdido”, comentou.