Aposentados e pensionistas de Serra Talhada, que recebem  até R$ 850 por mês, conseguiram sacar seus proventos nesta terça-feira (15) e respiram aliviados após dez dias de espera.

Entretanto, 270 pessoas ainda aguardam que os cofres da previdência tenham um bom fluxo de caixa para receberem o mês de setembro. O mais curioso é que a proposta, considerada polêmica, foi uma sugestão da professora aposentada Gildete Oliveira, e de pronto foi aceita pelo governo.

Mas até agora o prefeito Luciano Duque paga um preço alto por ter avalizado a ideia. Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST), realizada nessa segunda-feira (14), vereadores governistas e da oposição se uniram e falaram a mesma linguagem. Todos, discordando da nota emitida pelo prefeito Duque, que afirmou que  a decisão foi tomada em sintonia com os vereadores.

“Eu não participei desta reunião mas de uma outra que se discutiu a alíquota. Sou contra esta divisão de pagamento para  aposentados e pensionistas. Se tem que pagar, que se pague a todos”, disse a vereadora Vera Gama (PHS), em conversa com o FAROL. A mesma reação teve o vereador Dedinha Inácio (PMDB)- que condenou o acordo. “Não aceito e nem participei de nenhuma reunião sobre isso”.

A oposição também condenou a nota governista. Segundo o líder, vereador Gilson Pereira (PSD); o ato foi condenável. “Não houve qualquer combinação da nossa parte. Trata-se de medida de caráter alimentar e nós, vereadores; não temos condições de decidir sobre isso”, disparou Pereira.

No final da sessão, o vereador José Raimundo Filho (PTB) fez questão de fazer a defesa de todos os parlamentares. “Eu isento a casa de qualquer culpa pois não houve uma reunião formal. Aconteceram conversas isoladas após a sugestão da servidora Gildete Oliveira”, confirmou o petebista.