Publicado às 13h26 desta terça-feira (12)

Morreu na manhã desta terça-feira (12) a professora Benona Nunes de Oliveira, aos 102 anos de idade. Ela faleceu em sua residência, no Centro de Serra Talhada, na Travessa Sebastião Inácio de Oliveira, onde seu corpo será velado a partir das 14 horas.

O sepultamento acontece amanhã (quarta-feira), às 8 horas. Antes, às sete da manhã, haverá uma homenagem de corpo presente na Matriz de Nossa Senhora do Rosário, e em seguida, o cortejo seguirá para o cemitério local. Ela faleceu de causas naturais. Em 2014, o Farol conversou com a Professora Benona, que não escondeu o cansaço do dia a dia, em virtude dos problemas de saúde.

“Dá trabalho viver tanto. Ave Maria! Eu peço à Deus: ‘Se o Senhor ver que ainda vão precisar de mim, se ainda tenho a quem ajudar aqui, pode me dar 200 anos, eu aceito. Agora, se o Senhor ver que estou aqui, mas não posso servir à ninguém, pode me levar”. Já pensou? Ficar no mundo sem servir, sem poder ajudar ninguém. Agora, se for para servir, posso durar quantos anos forem preciso. Não tem nada não”, disse a professora, em tom emocionado.

TEMPOS DA PALMATÓRIA

Em 2012, também durante entrevista ao Farol, a professora que era tia do deputado Inocêncio Oliveira, relembro histórias dos tempos em que a palmatória era utilizada em sala de aula, mas deixou claro, que nunca fez uso do instrumento.

Dona Benona revela que, na juventude, a relação professor e aluno era completamente diferente dos tempos atuais. A oração e o amor à pátria eram regras que não podiam ser quebradas nas escolas. “Se rezava antes de entrar em sala de aula e também cantava-se hino nacional”. Didática ao falar, Benona Oliveira se orgulhou em ser uma das primeiras professoras da escola Imaculada Conceição, uma das mais tradicionais da cidade, e a primeira diretora do Colégio Cornélio Soares – antigo Industrial.