câmara de vereadoresO projeto de emenda a Lei Orgânica que pretende reduzir o recesso parlamentar de 60 para 30 dias na Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST) não entrou em pauta nessa segunda-feira (17). Revoltado, o autor da proposta, Marcos Oliveira (PR), se retirou do plenário após uma reunião tensa na secretaria da Casa Legislativa. Uma proposta alternativa de 45 dias está sendo construída por um grupo de parlamentares. Mas o vereador do PR não admite recuo sobre o tema.

“Fomos chamados para uma reunião antes da sessão para discutirmos o assunto. Eles (os vereadores) não querem retirar os 30 dias, querem que fique 15 em Julho e 30 em janeiro, num total de 45 dias. Isto ainda é um privilégio e sou contra privilégios na Câmara de Serra Talhada”, reagiu Marcos Oliveira. Já o presidente da Câmara, Agenor de Melo Lima (PTB), argumentou que o vereador republicano tinha conhecimento de que o projeto não entraria em votação agora.

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“Quando não tem acordo numa matéria, a gente tenta o diálogo até o fim. O vereador Marcos Oliveira estava ciente que o projeto não entraria em pauta e não entendo a sua reação. Ele (o projeto) já foi lido e será votado, mas após um amplo debate que deve acontecer nestes 30 dias. O projeto não foi engavetado”, confirmou Agenor de Melo. Entre alguns vereadores, a reação de Marcos Oliveira foi recebida com surpresa.

“Sou favorável ao projeto e não vou mudar o meu voto. Agora, ficou claro que o projeto foi lido e ficaria um tempo de 15 a 30 dias para o debate. Se não houver acordo, vamos para o voto”, disse o petista Sinézio Rodrigues, admitindo apoio a proposta de recesso de 30 dias. O líder do governo, Manoel Enfermeiro, também lamentou o gesto de Marcos Oliveira. “Sei que vão nos ‘bombardear’. Agora, se faz necessário o entendimento antes da votação”, disse Enfermeiro.