Risco de epidemia de dengue é alto em ST e governo faz alerta

Fotos: Farol de Noticias-Licca Lima

Diante do aumento dos casos com suspeita de dengue, o Farol de Notícias conversou na tarde desta quarta-feira (21) com integrantes da Secretaria Municipal de Saúde que falaram sobre o acompanhamento dos pacientes e ações realizadas para controle da doença.

Segundo informações oficiais, 14 casos foram notificados, porém 2 já foram descartados. O restante aguarda realizar o teste para ter a confirmação ou não do diagnóstico de dengue. Serra Talhada não foi contemplada com o recebimento de vacinas, pois a imunização está sendo prioridade para cidades com mais de 100 mil habitantes.

Sobre as ações da Secretaria de Saúde no combate à Dengue

A Secretária Executiva de Saúde Tamiris Brandão esclareceu que as ações de combate à dengue já vêm sendo realizadas desde 2023. A gestora explicou que o risco de epidemia em Serra Talhada é alto e a secretaria reforçou a cobertura feita pelos agentes de endemia.

“A gente tem um Lira (Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti) que preocupa. A equipe de Epidemiologia já capacitou todos os profissionais  da Saúde. Toda a equipe já está em estado de alerta. A gente precisa fazer a nossa parte enquanto cidadão, não acumulando água em recipientes, se for preciso tampar ter o costume de esta higienizando estes reservatórios. Não descartar lixo em locais  inadequados. Ter cuidado com pneus, tampas de garrafas. A gente tem que fazer nossa parte” afirmou Tamiris.

Receba as manchetes do Farol de Notícias em primeira mão pelo WhatsApp (clique aqui)

A Coordenadora do Programa de Dengue e Arboviroses de Serra Talhada e Agente de Endemias, Cleoneide Gomes, reforçou a importância da população procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para que as informações cheguem até os agentes de endemias e eles possam rapidamente fazer o bloqueio da área com focos do mosquito, evitando uma maior proliferação.

“O nosso trabalho é rotineiro, a gente se norteia pelo cronograma que é passado [pelo Ministério da Saúde]. Realizamos 6 ciclos no ano, visitando casas a cada dois meses. Até o momento já visitamos 18 mil imóveis. Os agentes vão fazendo o apanhado quando vão surgindo os sintomas e enviando para as unidades de saúde. Uma problemática grande é sobre os endereços que chegam para a gente. Porque muitas pessoas estão em um local, mas colocam o endereço de outra localidade e fica difícil entrar com a ação e ela deve ser imediata, pois só temos um período de 15 dias. Quando sentir os sintomas procurem a unidade para ser notificado e nortear nossas ações” reforçou Cleoneide.

Atenção aos principais sintomas

O Enfermeiro da Vigilância Epidemiológica, Efraim Brandão, falou sobre os sintomas mais clássicos para identificar um possível caso de dengue e o que não deve ser feito em caso de suspeita.

“Você tem febre alta e repentina, acima de 38 graus, dores na musculatura, dores atrás dos olhos e dor de cabeça. Esses são os sintomas clássicos seguidos muitas vezes de uma dor moderada nas articulações. É importante que a população não faça a automedicação, principalmente com aspirina e ibuprofeno. Isso pode agravar os sangramentos. Se a pessoa apresentar a diminuição da pressão arterial, diarreia persistente, náuseas e vômitos recorrentes, irritabilidade, com certeza esta pessoa está em estado mais agravante e deve buscar imediatamente um hospital”, alertou Efraim.

O enfermeiro alertou que idosos, crianças e gestantes devem receber atenção especial, pois são grupos de risco onde a resposta imunológica é mais complexa e mais vulnerável. Ele lembrou que a maioria dos casos se agravam após a redução da febre. E que síndromes neurológicas, como encefalite, síndrome de Guillain-Barré; podem aparecer à medida que o vírus da dengue vai se fortalecendo no organismo.

Risco de epidemia de dengue é alto em ST e governo faz alerta

Risco de epidemia de dengue é alto em ST e governo faz alerta