Durante o discurso no encontro que o PSB realiza nesta quarta-feira (18) em Brasília para decidir pela entrega de cargos no governo federal, o líder do partido na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque, cobrou do PT que tenha uma postura idêntica nos Estados. “O mesmo PT que cobra a devolução dos cargos na Esplanada dos Ministérios, deve agir assim também nos Estados onde faz aliança com os nossos governos”, disse.

“Para sermos livres e termos candidatura própria em 2014, o melhor é deixar o governo e seguir o nosso projeto”, afirmou ainda. “Afinal, divórcio é divórcio. E não existe divórcio amigável”, justificou. Até o momento, o governador Eduardo Campos ainda não discursou. Após a reunião, por volta das 14h30, o pernambucano deve se encontrar com a presidente Dilma Rousseff (PT) para comunicar a devolução dos cargos.

Na noite dessa terça (17), o governador conversou com o ex-presidente Lula para comunicar que a decisão pela entrega dos cargos é da Executiva. A maioria dos dirigentes é a favor da saída do governo Dilma, embora os governadores da legenda defendam a permanência. Eles temem perder o apoio federal em projetos e convênios.

EDUARDO E FBC CONFIRMAM SAÍDA

O futuro do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no governo Dilma Rousseff foi definido nesta tarde (18) em uma reunião da executiva nacional da sigla, convocada às pressas, em Brasília. Ao chegar ao encontro o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra confirmou que “o partido deverá tomar a iniciativa de colocar os cargos à disposição da presidenta”. O objetivo, segundo ele, é que Dilma “fique inteiramente à vontade, com liberdade para fazer as mudanças que julgar necessárias no seu ministério”.

Através da página oficial que mantém no facebook, o governador Eduardo Campos anunciou que a Executiva Nacional do PSB aprovou “a entrega de todos os cargos que ocupamos no governo federal”. A executiva estava reunida desde a manhã desta quarta-feira (18). De agora em diante, o PSB vai investir em “debater o Brasil”. “Inclusive a candidatura própria”, disse o governador a jornalistas, em Brasília.

A decisão não significa, porém, que o partido passará a fazer oposição a presidente Dilma Rousseff (PT). “Nós não queremos entregar os cargos e manter uma postura de oposição”, afirmou Edauardo. “O rompimento não é um divórcio. É apenas uma separação de corpos, cada um vai para um lado”, disse.

(Da Agência Brasil e Blog de Jamildo)