Diante uma crise que enfrenta na Prefeitura de Tabira, no Sertão do Pajeú, em virtude da ‘herança maldita’ recebida do seu antecessor, o prefeito Sebastião Dias (PTB) tomou medidas drásticas e cortou na própria carne: renunciou temporariamente ao seu salário e da sua vice-prefeita economizando cerca de R$ 16 mil/mês; reduziu os salários dos secretários e diretores em 50% e proibiu a circulação de veículos nos finais de semanas e ainda demitiu 340 servidores contratados.

Dias quer adequar a máquina às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e ganhar fôlego para sobrar recursos para investimentos.

Já em Serra Talhada o mote é o faça o que digo, mas não faça o que faço. No dia 19 de julho passado, o prefeito petista Luciano Duque chegou a comentar com assessores mais próximos que iria reduzir o seu salário e dos demais secretários e até foi divulgado, entre setores do governo, que haveria uma enxurrada de demissões. Na época, Duque reuniu os vereadores governistas para comunicar que haveriam cortes.

Uma outra ação anunciada pelo pelo próprio prefeito foi a tão alardeada cobrança de metas aos secretários, que seriam sabatinados a cada trimestre. “Quem não corresponder não terá como continuar no governo”, repetiu o prefeito em algumas entrevistas. Tudo retórica.

Mesmo assim, o prefeito defendeu as medidas aplicadas pelo prefeito Sebastião Dias. “É ruim demitir mas o prefeito tem que ter responsabilidade. Apoio a decisão e o gestor não pode ter medo de tomar decisões que impactem uma categoria”, declarou Duque, esquecendo de olhar para o próprio umbigo.

(Com informações do blog do Nill Júnior)