Do CNN

 

A Rússia retomou o bombeamento de gás natural através de seu maior gasoduto para a Europa, nesta quinta-feira (21), após uma interrupção de 10 dias, disse a operadora, aliviando os temores imediatos de abastecimento para o inverno da Europa depois que o presidente Vladimir Putin alertou que os fluxos poderiam ser cortados ou interrompidos.

O fornecimento via Nord Stream 1, que corre sob o Mar Báltico até a Alemanha, foi interrompido para manutenção em 11 de julho, mas, mesmo antes dessa interrupção, os fluxos foram cortados para 40% da capacidade do duto em uma disputa provocada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

Os fluxos nesta quinta voltaram ao nível de capacidade de 40%, mostraram os números do Nord Stream.

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As interrupções no fornecimento prejudicaram os esforços europeus para reabastecer o armazenamento de gás para o inverno, aumentando o risco de racionamento e outro golpe para o frágil crescimento econômico se Moscou limitar ainda mais os fluxos em retaliação às sanções ocidentais pela guerra na Ucrânia.

“Estamos em processo de retomar o transporte de gás. Pode levar algumas horas para atingir os volumes de transporte indicados”, disse um porta-voz da operadora do gasoduto à Reuters mais cedo.

Os fluxos físicos estavam em 29.289.682 quilowatts/hora entre 04h e 05h da manhã, no horário de Brasília, mostrou o site Nord Stream 1, retornando ao nível de fluxos de pré-manutenção.

Klaus Mueller, presidente do regulador de rede da Alemanha, disse que a retomada dos fluxos de volta a 40% da capacidade não é um sinal de que as tensões estão diminuindo. “Infelizmente, a incerteza política e o corte de 60% desde meados de junho permanecem”, disse ele no Twitter.

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A Gazprom, que detém o monopólio das exportações de gás russo por gasoduto, não respondeu a um pedido de comentário.

Para tentar evitar uma crise de abastecimento no inverno, a Comissão Europeia propôs uma meta voluntária para todos os estados da UE de reduzir o uso de gás em 15% de agosto a março em comparação com o uso no mesmo período de 2016-2021.

A proposta da Comissão permitiria a Bruxelas tornar a meta obrigatória em caso de emergência de abastecimento.