diogo

Multiculturalidade é mesmo a marca tradicional da folia de Salgueiro que começou na sexta-feira com o desfile das virgens tomando as ruas e avenidas da cidade. Até quarta-feira de cinzas, frevo, maracatu, pagode e os ritmos que estiverem na cena musical, vão dominar a festa de Momo. A largada de shows no palco do Polo Bomba atraiu um público eclético que queria ver um dos mais jovens e talentosos sambistas de sua geração. Do Rio de Janeiro para o Sertão de Pernambuco, Diogo Nogueira chegou de mansinho e fez todo mundo vibrar com as canções que atravessam décadas sem sair da boca do povo.

De sua safra mandou ver ‘Malandro é malandro, mané é mané’ e homenageou, na sequência,  o que ele chama de poetas do samba e do carnaval. De Gonzaguinha, retomou  O que é, o que é ? e fez o povo cantar de novo na forma de viver e não ter a vergonha de ser feliz. Já estava em mais da metade do show e carnavalizou o pop-rock de Tim Maia, em Descobridor dos Setes Mares.

Na reta final, transformou o polo numa espécie de sambódromo e percebeu que a energia dos sertanejos também se conecta com sambas enredos antigos e atuais. E mais uma vez todo mundo cantou junto e sambou sambando. Antes de agradecer e se despedir o público já ordenava sua volta.