Da ISTOÉ

O diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Diias, durante a coletiva de imprensa e boletim diário, sobre à infecção pelo novo coronavírus no país

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Ministério da Saúde decidi exonerar, na noite desta terça-feira (29), o diretor de logística da pasta, Roberto Dias, após a revelação do jornal Folha de S.Paulo de que ele teria cobrado propina para negociar a compra de vacinas da empresa Davati Medical Supply.

Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da empresa, afirma que Dias teria pedido o valor de US$ 1 por dose de vacina para fechar contrato com o Ministério da Saúde, em um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, em 25 de fevereiro

De acordo com a Folha, Dominguetti procurou o ministério para negociar 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19. O Ministério da Saúde não justifica o motivo da exoneração de Dias, mas informa que a decisão foi tomada no período da manhã.

Veja também:   Assisão será homenageado com título de cidadão em Petrolândia

“O Ministério da Saúde informa que a exoneração de Roberto Dias do cargo de Diretor de Logística da pasta sairá na edição do Diário Oficial da União desta quarta-feira (30). A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (29)”, disse a pasta.

Dias foi indicado ao cargo no Ministério da Saúde pelo líder do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara, o deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR).

O deputado teve seu nome revelado na última sexta-feira (25) pelo colega de Casa Luis Miranda (Democratas-DF), durante depoimento na CPI da Covid no Senado, como sendo o parlamentar citado pelo presidente Jair Bolsonaro quando Miranda lhe informou sobre as irregularidades no contrato de compra da vacina da Covaxin.