Fotos: Farol de Noticias-Celso Garcia
Publicado às 14h13 desta terça-feira (3)
O programa Falando Francamente dessa segunda-feira (02) recebeu os gestores de saúde Leonardo Carvalho, Diretor Geral do Hospital Professor Agamenon Magalhaes – Hospam, Patrícia Queiroz, diretora do Hospital Eduardo Campos – HEC- e Karla Millene, gerente da XI Geres em Serra Talhada.
Os profissionais falaram sobre as mudanças nos setores de urgência e emergência, além de tirarem as dúvidas sobre os novos serviços implantados nos hospitais regionais. A diretora Patrícia Queiroz explicou que a o HEC não possui mais atendimento de demanda espontânea, mas sim de maneira referenciada, onde o cidadão só será atendido caso tenha sido encaminhado por outra unidade de saúde.
“A porta de entrada de demanda espontânea em Serra Talhada é o Hospam. O paciente vai ao Hospam o médico identifica que ele precisa de um atendimento especializado, então esse médico entra em contato com a central de regulação de leitos do estado e dá a senha para o outro serviço que pode ser o [hospital] Eduardo ou outro serviço de fora”, enfatizou Patrícia Queiroz.
A mudança de atendimento se deve ao serviço de emergência cardiológica que começou a ser realizado nesta semana no Hospital Eduardo Campos. O diretor do Hospam, Leonardo Carvalho, explicou sobre a continuidade dos atendimentos de urgência e emergência
“O Hospam vai continuar sendo porta aberta como sempre foi. O hospital tem atendimento de urgência e emergência. Terá um triagem para avaliar e classificar paciente. Dependendo da necessidade e se não tem o leito, a gente pode regular para o [hospital] Eduardo. Não existe senha mas sim uma triagem. Então, ele passa pelo clínico e este dará o direcionamento: ou fica no hospital ou pode ser encaminhado para outro hospital”, explicou Leonardo.
EMERGÊNCIA CARDIOLÓGICA
No domingo (01) o Hospital Eduardo Campos deu um grande passo para a saúde serra-talhadense, pois foi realizada a primeira angioplastia, totalmente paga pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Serra Talhada, de um paciente do município de Tabira, que chegou na emergência cardiológica de forma regulada.
“Todo mundo vibra porque nós entendemos a importância desse procedimento para uma vida de uma pessoa. É uma vida que é transformada, uma vida que não vai ter depois do infarto uma insuficiência cardíaca para o resto da vida. É muito importante”, reforçou a diretora do HEC.
Patrícia Queiroz explicou que a emergência cardíaca contará com um cardiologista de plantão 24h que fará a avaliação do paciente e identificará se é preciso uma acompanhamento clínico, um procedimento ou algo mais especifico; e que a partir dessa identificação o paciente ficará no Eduardo Campos ou será encaminhado para realizar o procedimento. Há também um cardiologista diarista que realizará a evolução das pessoas atendidas pelo setor cardiológico.
ATENDIMENTOS DO SAMU E CORPO DE BOMBEIROS
Leonardo Carvalho esclareceu que as vítimas socorridas pelos serviços como Samu e Bombeiros irão para o Hospam e só serão encaminhados para outros hospitais caso necessitem de um atendimento especializado.
A diretora Patrícia reforçou que o Samu e Corpo de Bombeiros realizam a pré-classificação para qual hospital os pacientes serão encaminhadas.
“O serra-talhadense não vai sair de casa direto para o Eduardo Campos. Foi Preciso essa reorganização na saúde aqui da macrorregião porque o [hospital] Eduardo Campos atende 35 municípios da macrossertão e precisa atender paciente referenciado nas especialidades que ele atua como cardiologia, trauma, neurologia. A população vai entender, vai tranquilizar, vai acalmar. Antes não tinha o [hospital] Eduardo e todo mundo vinha para o Hospam. Ninguém vai deixar de ser atendido. Isso é um alinhamento que vem da Secretaria Estadual de Saúde”, enfatizou a gestora Karla Millene.
DOENÇAS CARDIOLÓGICAS SÃO MAIS COMUNS NA REGIÃO
Os gestores esclareceram que a implantação do setor de emergência cardiológica se deve ao forte indicador epidemiológico de doenças do coração na região.
“As Geres monitoram os principais agravos de saúde à população e as doenças do coração estão em primeiro lugar na nossa região. Era um forte indicador epidemiológico as doenças do coração e a gente não tinha resolutividade aqui na nossa região, nem na nossa macro. Nossos pacientes estavam sendo encaminhados para Caruaru ou para Recife e agora a gente está com a solução aqui em casa. Isso foi maravilho, aumenta muito a sobrevida”, comemorou Millene.
SOBRE SERVIÇOS DE ONCOLOGIA E UTI NEONATAL
Os profissionais falaram sobre a politica de governo de descentralização da saúde no estado e sobre a implantação de unidades de oncologia e neonatologia em Serra Talhada. Para Patrícia Queiroz, o serviço de oncologia fatalmente acontecerá em nosso município, pois segundo a profissional é algo de grande necessidade.
Já o diretor do Hospam traçou um panorama mais concreto sobre a construção do setor neonatal e materno, entretanto não cravou uma data específica para o início do funcionamento do serviço.
“Tudo é questão de planejamento. Se vê os indicadores, se vê a necessidade e se planeja. A gente já começou a qualificação profissional e conseguiu um desconto com uma instituição de ensino para que nossos funcionários pudessem fazer a pós-graduação em neonatologia e pediatria. A gente já começou a enviar os projetos arquitetônicos do novo bloco cirúrgico do hospital. Vai precisar de mão de obra qualificada, seleções para médico obstetra, ginecologista, neonatologista, pediatras. Tem todo um planejamento estratégico para que isto aconteça”, finalizou Leonardo.
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7 comentários em Saúde em sintonia traz benefícios para ST e região