Tóquio, no Japão, recuperou título conquistado em 2012 da cidade com custo de vida mais alto no mundo para expatriados. Em Hong Kong é até possível fazer uma refeição a um preço razoável, mas tomar uma cerveja aumenta muito a conta. Melhor fazer isso em Sydney ou Londres, onde comer e beber fora de casa pode até sair mais barato, mas, por outro lado, é caríssimo ir ao cinema.

Mas apesar da fama de preços altos, essas cidades não estão entre as três mais caras do mundo para trabalhadores estrangeiros. Não é surpresa que Tóquio, capital do Japão, seja a mais cara mundo, mas que Luanda, capital de Angola, seja a segunda colocada, certamente pode ser. Tóquio, Luanda e Zurique, na Suíça, lideram o ranking de 2016 feito pela ECA Internacional, organização que analisa condições e custo de vida para trabalhadores estrangeiros que vivem fora de seus países.

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Cidades brasileiras não aparecem no ranking das 20 cidades mais caras do mundo nem do das 20 cidades mais caras das Américas – nesta lista, a única cidade fora dos Estados Unidos é Buenos Aires, em 13º. Mesmo assim, a ECA diz que cidades brasileiras subiram, em média, 60 posições na lista, contabilizando um dos maiores aumentos de um ano da pesquisa.

“O real se recuperou fortemente, apesar da recessão econômica do Brasil, à medida que um novo governo assumiu o poder após o impeachment de Dilma Rousseff”, assinalou a organização, que tenta ajudar empresas a calcular o custo de manter um funcionário no exterior.

 O levantamento leva em consideração o preço de bens e serviços de consumo e lazer mais recorrentes adquiridos por estrangeiros, como roupas, carne, gasolina, leite, café, cerveja e ingresso de cinema em mais de 450 lugares do mundo. A pesquisa não leva em conta despesas como aluguel e taxas escolares, contabilizadas separadamente.

Mudança de posições

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Tóquio, no Japão, recuperou a posição que tinha em 2012 de cidade com custo de vida mais alto no mundo para expatriados. A capital japonesa – que no ano passado era a 12ª mais cara – é uma das dez cidades asiáticas que estão entre as 20 primeiras da lista.

“O custo para uma empresa para trazer talentos para o Japão aumenta com os serviços necessários para manter o nível de consumo de seus funcionários”, disse Lee Quane à Bloomberg, diretor regional para a Ásia do ECA.

Luanda, capital de Angola, é considerada a surpresa no ranking ao sair do quinto para o segundo lugar

Enquanto a capital japonesa recuperou o lugar mais alto no ranking, cidades antes famosas pelo alto custo de vida saíram da lista das mais caras pela primeira vez. Londres é uma delas. Caiu 57 posições e não está nem entre as 100 mais. A explicação para o caso da capital inglesa estaria na desvalorização da libra após os britânicos terem votado pela saída do Reino Unido da União Europeia.

Londres agora é mais barata que Paris e Bruxelas. Ainda assim, continua sendo um dos lugares mais caros para se ir ao cinema. O ingresso custa, em média, R$ 57. Primeira colocada no ano passado, Zurique, na Suíça, está em terceiro lugar. Continua sendo, contudo, a mais cara cidade europeia.