EdmarJrSem previsão de pagamento para cerca de 20 motoristas que fazem o transporte escolar, a Secretária de Educação de Serra Talhada afirma que enfrentará ameaça de greve com um novo processo licitatório para novas contratações, caso os motoristas não estiverem com “vontade” de prestar o serviço. Em conversa com o FAROL, o secretário Edmar Júnior endureceu o tom, mas admitiu o débito e não determinou um prazo para realizar o pagamento. Segundo o gestor, a secretaria enfrenta dificuldades devido a crise e aguarda o repasse de recursos para quitar os salários dos motoristas.

“São cerca de 20 motoristas que estão sem receber, mas são só os motoristas que transportam os professores. Os motoristas que levam estudantes já foram quitados e está tudo direitinho graças a Deus. Não tenho um prazo determinado para pagar esses motoristas, mas como eles são contratados através de concessão se não houver vontade de trabalhar, de prestar o serviço nós dispensamos. A secretaria não tem obrigação de manter esses contratos, abrimos um novo processo de licitação”, ratificou Edmar Júnior.

FECHAMENTO DO EJA

Ainda durante a conversa com o FAROL, o secretário comentou as declarações do vereador Gilson Pereira dando conta do fechamento de uma turma de 300 alunos de Educação de Jovens e Adultos (EJA) que funcionava no colégio Cônego Torres, para instalar um núcleo do IF-Sertão. De acordo com Edmar, a medida irá combater a evasão na escola que chega a 50%, além de aliviar os gastos para a pasta.

“Com relação ao EJA do Cônego Torres, nós temos um gasto muito grande para manter as turmas que também têm um alto índice de evasão. Os alunos se matriculam, mas não frequentam as aulas e manter 50% de evasão escolar não podemos, não estamos em condições de estar esbanjando. Muitos dos alunos que vão para o Cônego vêm de comunidades como Mutirão, Borborema e Malhada e nessas comunidades têm escolas com EJA, que têm dado resultado e tem pouca evasão. Vamos apenas transferi-los para suas comunidades”, esclareceu.