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O prefeito de Serra Talhada Luciano Duque (PT) acabou dando um “drible” nos professores e trabalhadores da educação da Capital do Xaxado.  Enquanto pediu um prazo ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintest) para analisar as contas e acenar com a possibilidade de um reajuste salarial em torno de 10% – índice reivindicado pela categoria – o prefeito enviou um projeto de lei para Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST) autorizando um reajuste de apenas 2%.

A manobra acabou irritando o vereador do seu próprio partido, Sinézio Rodrigues, que usou a tribuna da Câmara, nesta segunda-feira (12) e fez severas críticas ao gestor.

“O reajuste de 2% é um deboche e um desrespeito aos trabalhadores em educação. É imoral e vergonhoso. Um governo que não honra com a sua palavra e faz esse tipo de acordo entre quatro paredes enviando um projeto deste tipo para esta Casa”, disse o vereador petista, arrematando: “Convoco os 14 vereadores para evitar um massacre dos trabalhadores e prevalecer o diálogo e não a imposição deste governo”.

De acordo com Sinézio Rodrigues, o reajuste de 2% significa um aumento de apenas R$ 43 no contra-cheque de um professor de licenciatura plena e com 200 horas/aula. “Isso não é um reajuste é um achatamento salarial”, reforçou o parlamentar que recebeu o apoio do líder da oposição, Gilson Pereira (PSD). “Ele (Luciano Duque) deveria colocar uma caixa no meio da feira para propor este reajuste. É imoral”.

Na próxima segunda-feira (19), o Sintest vai realizar uma assembleia extraordinária para analisar a proposta do governo petista. Segundo Rodrigues, a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado é o cenário mais provável para categoria.