Publicado às 14h06 desse sábado (6)

Fotos: Farol de Notícias/Max Rodrigues

Com o retorno das aulas presenciais e de forma remota em algumas escolas particulares e na rede estadual em Serra Talhada, o Farol de Notícias quis saber a opinião de professores sobre o retorno às atividades. Justamente por conta das incertezas de imunização para todos contra a Covid-19, a rede municipal irá começar apenas de forma remota somente em março até a demanda da vacina aumentar, como assim anunciou a secretária municipal de Educação, Marta Cristina. Conversamos com professores de diferentes escolas da Capital do Xaxado que emitiram opiniões importantes sobre o atual momento. Por receio, eles pedem anonimato para comentar o caso.

“Eu sou a favor da volta aulas. Achei muito acertada a ideia da secretaria municipal quando coloca aulas remotas neste início e gradativamente volta ao normal. Porque aí é o tempo que a vacina poderá ser ofertada para os professores já que sabemos que para crianças é inviável. Sou a favor de aulas remotas no começo, e vacinação para que professores tenham a garantia de voltar às aulas presenciais”, disse uma professora da rede municipal, com quem conversamos. “Não tenho segurança ainda, as aulas começaram e por enquanto estão respeitando as normas, até porque as turmas estão reduzidas e isso facilita. Mas até agora a gente nem sabe como vai ficar, ainda não tem nem horário, sabemos que temos que dar aula, mas não sabemos como vai ficar, tivemos apenas uma mini formação sobre o ensino híbrido”, relatou outra docente, da rede estadual.

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“Eu sei que existe o problema da capacitação, que não estávamos preparados, mas tem que ver o seguinte: quer queira quer não, além de seres humanos nós somos servidores públicos e uma coisa que a gente tem que colocar em mente: a função social da escola é muito importante nesse ato de transformar e preservar a vida, então hoje a escola não tem só a função da transformação, mas de preservar também. Então imagine quantos adolescentes, crianças e jovens não ficaram em situação crítica e até vulneráveis por falta da escola. Estamos discutindo a preservação da vida? Estamos discutindo os cuidados com a vida? Ou a gente está discutindo de certa forma de estar em uma zona de conforto e se aproveitar disso? Se formos pensar, nossas escolas vão estar prontas para receber? Nunca, se a gente for analisar, nenhum lugar está tomando 100% dos cuidados, como os bancos da cidade, supermercados que vivem lotados. O profissional que tem compromisso, que ele sabe da importância dele, enquanto funcionário público, ele tem que entender que as outras instituições voltaram e a gente não é diferente”, opinou outra professora, que atua nas redes municipal e estadual.

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Em outros países escolas fecharam após início do ano letivo

O tema volta às aulas é polêmico até em países onde o plano de vacinação está mais avançado que no Brasil. O Reino Unido, por exemplo, fechou escolas de ensino primário e secundário e cancelou a maioria das provas para combater mais uma onda de contágio pela Covid-19. Ao emitir um novo fechamento no início deste ano, o governo britânico impôs o ensino pela internet na Inglaterra até pelo menos meados de fevereiro. As nações autônomas — País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte — fizeram o mesmo, mas reverão a decisão em datas diferentes.

As universidades também oferecerão, pelo menos até fevereiro, ensino virtual — exceto em carreiras em setores vistos como fundamentais para a crise atual. Os berçários permanecem abertos, uma decisão que tem sido criticada por alguns especialistas em saúde e que procura dar aos pais a opção de trabalhar. Nos últimos dias, algumas escolas alertaram que estão recebendo tantos alunos de grupos prioritários que temem a propagação do vírus na sala de aula, enquanto outras reclamam que recursos insuficientes, como computadores, geram desigualdades no aprendizado.

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Com informações da Agência de Notícias EFE