Fotos: Marcello Patriota

Publicado às 05h desta segunda-feira (21)

Por Marcello Patriota

O corpo do poeta Val Patriota foi sepultado no final deste domingo no Cemitério Padre Sebastião Rabelo em São José do Egito, Sertão do Pajeú. Desde o final da tarde do sábado(19) dezenas de pessoas compareceram para prestar as últimas homenagens ao pajeuzeiro que escolheu a música, a arte, a poesia para viver seus 65 anos muito bem vividos.

Como homenagem final, artistas e amigos com música, poesias, lágrimas e aplausos deram o tom do velório e enterro do grande personagem que foi Val Patriota para o Pajeú, para Pernambuco e para Paraíba.

A morte de Val causou uma grande comoção não só em São José do Egito, mas em toda a região do Pajeú e do cariri paraibano. Blog e sites noticiaram seu falecimento que ocorreu às 4 da manhã de sábado no IMIP- Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira , em Recife. O poeta estava cometido por um câncer e deixou a eterna companheira Jane e os filhos Cauê, Carol e netos e uma imensidão de amigos e fãs tristes com a sua partida.

Val era filho do rei dos trocadilhos, Lourival Batista, o louro do Pajeú, de quem herdou o nome e o talento para a poesia, e dona Helena Marinho, dela herdou as tiradas , a resposta rápida e sempre engraçadas. O poeta lançou vários CDs ao longo da carreira. De uma voz bela e aveludada que transmitia uma sensação de conforto e paz aos ouvidos, Val, além de um grande cantor, era uma pessoa de um coração imenso e  extraordinário.

Não foi só Val que se foi, mas também  um estilo de vida que parece estar indo embora. O estilo de vida dedicado à poesia, à música, ao bom-vivant e à cultura. Dia após dia parece que o velho mundo no qual nascemos teima em ir embora. Val era fã de um bom carteado, uma mesa de bar e um bom trago de cigarro. E cabe a nós fãs, amigos e compatriotas de Val Patriota manter viva a sua memória e sua obra. Não te preocupes, por mais que o corpo tenha ido, sua alma continuará; estará em cada verso declamado, em cada história contada engraçada e/ou melancólica e em cada música cantada. Como você mesmo disse uma vez: “um poeta não morre”.