Fotos: Colibri Audiovisual

Publicado às 14h30 desta (27)

O cantor, compositor e ator serra-talhadense, Carlos Filho, ex-vocalista da bandavoou, se desdobrou em quatro papéis e encantou o público do Recife que vivenciou a magia do Natal no Marco Zero da cidade. Pelo terceiro ano seguido, ‘Carlinhos’ fez parte do elenco do espetáculo O Baile do Menino Deus, o principal auto de Natal da capital pernambucana. A mega produção recebe em média 70 mil pessoas e caravanas de espectadores de diversos lugares do país, nos dias 23, 24 e 25 de dezembro.

O Baile é um grandioso espetáculo originado da peça teatral dos escritores cearenses radicados na capital pernambucana Ronaldo de Correia Brito e Assis Lima; e do disco de 1970 também dos autores em parceria com Antúlio Madureira, artista do Movimento Armorial. O Baile é encenado há 36 anos no Recife, inicialmente em teatros locais, mas há 16 anos passou a ser encenado ao ar livre.

A obra nas três linguagens artísticas recria um Natal com as histórias e o toque local e multicultural. Em um bate-papo descontraído com o Farol de Notícias, o artista falou sobre a felicidade de participar de O Baile, comentou sua relação com o escritor e diretor da peça Ronaldo de Correia Brito, um dos maiores escritores pernambucanos da atualidade, e dos desafios de cantar e encenar em diferentes papeis.

FAROL ENTREVISTA CARLOS FILHO

“O Baile tem uma coisa que para mim é muito gratificante, que são 300 pessoas trabalhando, 90 artistas rodando no palco entre músicos, atores, bailarinos e performers. É uma satisfação estar ali. Após o fim da bandavoou iniciei um trabalho com comunicação digital e trabalho com o Ronaldo Correia, depois montei o grupo Estesia, que propõe a criação de espetáculos híbridos entre música e outras linguagens. Em uma oportunidade montamos junto com o Ronaldo uma apresentação com o seu novo romance o ‘Dora Sem Véu’, com ele em cena. Cantando e dançando mais com o Estesia, apesar de também compor, Ronaldo viu o trabalho e me convidou para os testes e fui selecionado, já é o meu terceiro ano e se Deus quiser vou com tudo para o ano que vem”, comentou Carlinhos, detalhando:

“Eu faço quatro papéis: o Anjo, que anuncia a chegada do Menino Jesus; eu faço o Cigano, que procura a casa em que está o menino; o Beija-flor e a Borboleta, que acalenta Maria e para o Menino dormir; e faço um Arlequim, uma Pastorinha, no boi. São quatro papéis. É bem corrido, bem desafiador. São quatro papéis distintos, mas bonitos e ricos. O boi, particularmente, que é o que eu encerro, me conecta muito com a minha infância em Serra. É uma coisa de correr na rua, de brincar, então o meu eixo de concentração antes de entrar nessa cena é sempre fechar o olho e tentar me lembrar um pouco da Praça Sérgio Magalhães, da Rua 15, da Rua dos Correios, de brincar ali no rio, na Caxixola. Se eu me conectar com isso eu entro fácil na cena”.

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