Servidor demitido da PMST diz que foi chamado para 'pedir perdão'Publicado às 13h22 desta terça-feira (14)

Um ex-servidor da Prefeitura Municipal de Serra Talhada buscou a redação do Farol, na manhã desta segunda-feira (13) para denunciar que foi demitido após cobrar o salário atrasado.

O rapaz estava locado na Secretaria de Serviços Públicos, mas fazia parte do quadro de uma empresa terceirizada do município.

“Eu trabalhei por quase 25 anos na prefeitura. Chamaram essa empresa e botaram a gente para fora, sem justa causa. Aí para tapear com mentira, dizendo que a gente tinha parado, que a gente tinha ameaçado. Mentira. A gente não ameaçou ninguém, não. Aí quando foi no outro dia, sabe o que o diretor disse? ‘Pede desculpa, peça perdão a gente’. Eu acho assim, a gente tem que pedir perdão é a Deus. O homem da Terra não. Você tem que pedir ao homem da Terra um serviço” desabafou o rapaz.

O denunciante agora busca seus direitos pois acredita que o dinheiro repassado pela prefeitura não está com valor adequado pelo tempo de serviço prestado por ele.

“A quebra de contrato está saindo no valor de R$ 30 mil, aí tu acha que R$ 3 mil cobre? E sem contar as humilhações e o tempo  que trabalhei de prefeitura? Isso aí cobre também? Eu quero é trabalhar. Eu estou precisando é de trabalho, eu sou pai de família e ainda tenho pensão para pagar. Eu quero batalhar na vida, fazer com que meus filhos um dia sejam ‘gente’. Eu quero a justiça de Deus e do homem para fazer o certo porque eu acho que essa prefeita não era para fazer assim com os trabalhadores. Ela tem que saber ajeitar os trabalhadores. Arrumar mais serviço para os trabalhadores”, finalizou o jovem.

Além dos atrasos de salário e da demissão sem justa causa, o ex-servidor relatou as constantes humilhações passadas pelos demais servidores, como  falta de trato do diretor da secretaria, proibição de horário para fazer lanche ou para descansar, falta de equipamentos adequados, falta de EPIs, fardamento de qualidade ruim e a retirada do pagamento extra devido a insalubridade do exercício da profissão.

OUTRO LADO

O Farol entrou em contato com a Secretaria de Serviços Públicos e foi informado pela secretária, Simone Daniel, que haverá uma averiguação do caso e em seguida o órgão enviará uma nota de esclarecimento.