Publicado às 13h desta segunda-feira (24)
O desespero tomou de conta de um socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) com sede em Serra Talhada.
Cansado de trabalhar na base da ‘gambiarra’, ele procurou a redação do Farol, nesta segunda-feira (24), denunciando o que chamou de de ‘sucateamento’ de parte das ambulâncias, inclusive, em outros municípios envolvidos, que são regidos pelo consórcio em Serra Talhada.
“O repasse federal chegou pra o SAMU e o SAMU está parando. Em Iguaraci, Sertão do Pajeú, a ambulância hoje não está funcionando. Foi dada baixa. Em Custódia, Sertão do Moxotó, também foi dada baixa. Tudo problema mecânico. A ambulância daqui [Serra Talhada], a básica, está o óleo derramando com força. A parte de suspensão dianteira faz mais barulho que uma escola de samba, e o 192 voltou a funcionar somente hoje”, disse o serra-talhadense, pedindo anonimato.
Segundo ele, os coordenadores do Samu precisam fazer uma prestação de contas dos recursos que entraram na unidade, porque tem muita coisa que não funciona.
“O rádio não está funcionando. O serviço de rádio é pago. Eles não estão pagando. E a gente quer saber, tanto nós funcionários como a população, o que é que está havendo? aonde foi que esse dinheiro entrou? eles tem que dizer o que é que eles estão fazendo com esse dinheiro. Até a situação dos funcionários que trabalharam há um ano atrás para ITGM. A ITGM saiu e ficou devendo todos os direitos trabalhistas da gente. Eles alegam que só só iriam pagar quando recebessem o dinheiro do Cinpajeú. Não foi feito repasse nem nada”, reforçou.
No final da entrevista, o servidor disse que não vê muito empenho da prefeita Márcia Conrado, e da secretária de Saúde, Lisbeth Lima, para acabar com os problemas.
“A gente está saindo para as ocorrências tendo que regular e falar com os médico do celular da gente. Márcia Conrado não tá nem aí, secretária de Saúde[Lisbeth] não tá nem aí, ninguém vem aqui, a gente está trabalhando com fardamento, que se a gente não tirar do bolso e comprar, a gente não tem fardamento, os macacões velhos, rasgados. Não tem condições de trabalhar. A tendência do SAMU é parar, é fechar”, alertou.
O OUTRO LADO
A reportagem enviou mensagens para coordenação do Samu para averiguar a situação e em nota o órgão diretivo respondeu que as atividades seguem normais e que problema técnicos podem ocorrer principalmente por ser uma frota antiga. Confira na integra a nota de esclarecimento da coordenação:
O SAMU da III MACRORREGIÃO segue com as suas atividades normais, eventuais problemas técnicos podem ocorrer, principalmente no caso de nossa frota, que é de 2013, sendo o único SAMU de Pernambuco que trabalha com uma frota de 10 anos, e em decorrência do serviço que exige muito dos equipamentos utilizados. Nós estamos trabalhando diariamente para minimizar os problemas, sanar as necessidades que vão se apresentando no dia a dia das equipes, a fim de manter um serviço de atendimento pré-hospitalar em funcionamento, compreendendo que é de extrema importância para toda a macrorregião Sertão. A gestão segue muito comprometida em prestar um serviço de qualidade para a população do PAJEÚ.
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