Publicado às 13h25 desta sexta-feira (18)

Ex-servidores da Autarquia Educacional de Serra Talhada – Aeset cansados de esperar pelo pagamento de seu salário entraram em contato com a redação do Farol na manhã desta sexta-feira (18) para cobrar um posicionamento por parte da gestão da entidade municipal.

Segundo uma das ex-funcionárias, que não quis se identificar, o contrato de trabalho dos auxiliares de serviços gerais e administrativos cessou no dia 31 de julho deste ano. A mulher relata que a direção da AESET informou que o pagamento do salário sairia até o último dia 10 de agosto, entretanto até hoje os ex-servidores não viram a cor do dinheiro.

“Eles ficaram de realizar o pagamento até 10 dias após a finalização do contrato, mas isso não foi cumprido. Sendo que já pagaram os professores contratados e efetivos, todavia os auxiliares de serviços gerais e administrativos não foram pagos. A justificativa que eles dão é que quando tiver dinheiro, eles pagam. Mas estamos passando dificuldade com aluguel, com a conta de água” desabou uma denunciante.

Os denunciantes ainda relatam que passavam por episódios de assédio moral e que foram aconselhados a não realizarem a seleção simplificada da autarquia pois não teriam capacidade para passar. Além destes detalhes, uma das denunciantes afirmou que a maioria dos servidores demitidos foram substituídos por parentes dos gestores da AESET e que todas estas situações denunciadas foram encaminhadas para a Prefeita Márcia Conrado, porém está não deu nenhum retorno as demandas dos ex-funcionários.

OUTRO LADO

O Farol procurou a direção da Aeset para esclarecer o caso. Confira a nota de esclarecimento do diretor José Damião Lima de Medeiros:

“O salário infelizmente está tendo um atraso, isso acontece em média de 4 a 5 anos, então quando assumimos a gestão, não foi diferente. Graças ao grandioso apoio do governo municipal (prefeitura), amenizou bastante esses atrasos. Infelizmente é a realidade financeira de várias autarquias de Pernambuco desde quando foi deixado de receber ajuda do governo do estado. Hoje nós temos uma grande sorte, porque o governo municipal nos ajuda e muito, senão a situação seria pior.

Estamos finalizando um grandioso projeto, que logo breve se tornará público e vemos que será um grande avanço para a instituição. Então, quando assumimos não foi diferente, só conseguimos pagar a efetivos e professores contratados, mas temos previsão de ainda hoje pagarmos a todos que estão faltando receber, então não é falta de diálogo de maneira alguma, desde o primeiro dia que pagamos, informamos que logo breve pagaríamos as outras categorias como: Cargos comissionados, auxiliares de serviços gerais e prestadores de serviços.
Quanto as demissões, o que aconteceu é que o contrato deles tiveram validade por dois anos, onde venceram agora no mês de julho, então foi feito um novo processo seletivo e eles não foram aprovados, com isso, infelizmente não ficaram, não por serem demitidos, mas sim por não terem passado no processo seletivo. Quanto ao discurso de serem substituídos por familiares, esse discurso é velho e todo gestor público passa por isso, infelizmente. Foram convocados os aprovados na seleção. Mas, desejamos sorte para todos em outro processo seletivo que nos próximos anos terá!”