Publicado às 06h27 desta quarta-feira (19)

A presidenta da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (Fetape), Cícera Nunes, foi a convidada do programa Falando Francamente, na TV Farol, (ASSISTA A ENTREVISTA) nessa terça-feira (18). A sindicalista é filha de Serra Talhada e se tornou a primeira mulher do estado a dirigir a Fetape. Durante o programa, ela fez um alerta sobre o crescimento da fome no Brasil e em Pernambuco, em função da pandemia e o desemprego.

“Essa questão da fome na nossa visão, de experiência, de vivência e também “andando” em nosso estado, nós vamos vivenciar um dos piores momentos que se vai ter. Primeiro pelas secas “históricas” que a gente vem tendo e outra por essa falta de alimentação que vai ter devido a pandemia e essa crise econômica que estamos vivenciando nesse momento. O estado de Pernambuco não está preparado para enfrentar a falta de comida e nem o Brasil, porque o que tem em investimento tanto no nosso estado quanto no país, não vai ter como a agricultura familiar se sustentar hoje. Porque quando o governo federal diz que as grandes exportações, que esse grupo não segura o país, quem segura é a agricultura familiar, claro, nós estamos segurando o Brasil sem nenhum investimento muitas vezes, tanto no estado de Pernambuco quanto no país nesses últimos anos, em torno de 3 anos”, pontuou.

Veja também:   Duque diz que ST retrocedeu e governo Márcia cometeu crime na educação

Ainda durante a entrevista, Cícera Nunes fez questão de alertar que a sociedade precisa ficar atenta ao crescimento da fome em cada região, e sobre a crise em torno da água, um bem que vem se tornando escasso.

“A gente precisa dizer ao povo, a sociedade, que vão se preparar para o pior nessa questão de alimentação, além de alimentação têm previsões de falta de água no mundo e isso pode gerar muito mais guerras e brigas por poder, por política, nessa parte de articulação e distorção das coisas, é importante estar tendo essas visões, mas, também, reivindicando dizendo ao governo o que estamos vivendo no estado de Pernambuco e dizendo também o “desgoverno” e preparar para o ano que vem a gente melhorar na visão política do país e a gente trazer de volta algumas ideias de “convivência” como semiárido, programas sociais que amenize essa crise que vai ser de imediato”, disse a sindicalista, cravando:

Veja também:   Colisão com viatura policial deixa jovem ferido em ST

“Se o governo federal não tem assistência social e programas hoje, então temos que tirar esse governo ano que vem e trazer governos que vá priorizar a assistência social imediata de emergência na questão da fome e da água que também que tem previsões de muita falta de água no país. A gente precisa tá se preparando para isso no que se referir a nós que somos da agricultura, nós vamos estar nos articulando sim, ilustrando, pautando e criando, como a gente acabou de criar e entregamos ao governador, que é o Pernambuco Alimenta, é um projeto que inclui mas precisa de recurso financeiro.  A gente precisa se preparar, criar nossas hortas em casa, no muro, onde você está com pouca água, com essas tecnologias que a gente teve com os governos progressistas que nos ensinou. Vamos defender a vacina para todas e todos e vamos defender um auxílio emergencial, porque não se fica em casa com fome tem que ter esse auxílio para ter comida na mesa das pessoas.